A edição de hoje
Se não cumprissem, as mulheres eram ameaçadas e agredidas.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve um grupo que obrigava um conjunto de mulheres, todas elas estrangeiras, a prostituir-se na via pública e a garantir um mínimo diário de rendimentos de cerca de 200 euros. Se as mulheres não cumprissem os objetivos através de sexo, eram ameaçadas e agredidas.
O esquema estava bem montado e permitia ao grupo somar avultados lucros. As mulheres eram forçadas a prostituir-se ao longo da EN109, na Figueira da Foz, e também noutros locais do Centro do País. Para contornar o controlo policial, os homens não transportavam as mulheres. Obrigavam-nas a deslocarem-se em transportes públicos ou táxis.
Contudo, ao longo do dia, passavam com regularidade nos locais onde elas estavam para avaliar o movimento e apurar se estavam a cumprir os objetivos. Cinco homens foram identificados como sendo do grupo e quatro, oriundos do leste da Europa e com idades inferiores a 30 anos, foram detidos.
São suspeitos dos crimes de tráfico de pessoas, lenocínio e ofensas à integridade física. Foram já presentes a primeiro interrogatório judicial e dois vão aguardar julgamento em prisão preventiva. Os outros dois estão obrigados a apresentações diárias e impedidos de se ausentarem da área de residência.
Foram ainda realizadas duas buscas domiciliárias e identificadas cinco mulheres estrangeiras. Foi também apreendida uma viatura de alta cilindrada, além de algum dinheiro. A investigação contou com a colaboração da PSP da Figueira da Foz.
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