Nos primeiros seis meses do ano foram registados 2521 crimes do género e detidos 66 suspeitos.
É um dos crimes com maior impacto no sentimento de segurança. Além de causar prejuízos patrimoniais, gera uma revolta pela violação da privacidade da vítima. E, em toda a Europa, está cada vez mais entregue a grupos itinerantes que viajam de país em país para cometer os crimes. Portugal não é exceção. Só na área da PSP, foram assaltadas 14 casas por dia no primeiro semestre deste ano. Um total de 2521 crimes do género denunciados à Polícia. No mesmo período, foram detidas pela PSP 66 suspeitos.
Os assaltantes, por norma, usam identidades e documentos falsos, para dificultar o trabalho das autoridades policiais e judiciais - alguém com antecedentes num outro país, passa por primário em Portugal e acaba em liberdade, mesmo que seja detido. Há casos em que os grupos de operacionais são compostos apenas por mulheres, para levantarem menos suspeitas. São duas a quatro, mas apenas duas entram nas residências: as outras têm funções logísticas como o transporte, encontrar alojamentos, ou fazer vigilância e contactos com advogados caso sejam detidas.
Os 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa é onde ocorrem mais crimes cometidos por estes grupos transnacionais, que preferem atacar em prédios de apartamentos. Usam um cartão rígido (normalmente em plástico) para abrir as portas apenas no trinco (primeiro do edifício e depois das habitações). Dentro dos prédios, percorrem as escadas e vão tocando às campainhas para se certificarem de que não há pessoas nas casas. Chegam a empurrar com força as portas para verificar se estão só no trinco, ou espreitam pela soleira em busca de movimento no interior da casa. Quando necessário, arrombam o canhão da fechadura com uma chave de fendas e uma chave inglesa; gazuas; ou ácido.
Uma ou duas das ladras entram na casa e reviram os quartos e escritórios (em primeiro lugar), enquanto outra das operacionais faz vigilância à porta. O ouro, outras joias, dinheiro e roupas de luxo que encontram - estes grupos, curiosamente, não levam telemóveis nem outros equipamentos informáticos, que sabem poderem ser rastreados - é escondido nas roupas das ladras (nas mangas ou roupa interior) e saem para a rua, onde passam de imediato a outra pessoa os bens roubados, ou escondem-nos em arbustos ou mobiliário urbano - onde mais tarde os recolherem - com medo de serem apanhadas no local. Estão identificados casos em que, para saírem das casas com bens mais volumosos, usam troleys ou malas de viagem das vítimas, fazendo-se passar por residentes.
Para ocultarem as identidades em caso da presença de videovigilância, usam casacos longos, chapéus, óculos de sol e máscaras cirúrgicas.
A PSP assegura que o combate ao crime de furto em residência é uma prioridade de prevenção e investigação. Faz um acompanhamento "contínuo, ininterrupto e quase em tempo real" ao nível da análise criminal. Fruto desse trabalho, refere a PSP, na sua área de atuação os casos denunciados de furtos em casas diminuíram 3,9% em relação ao primeiro semestre de 2024.
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