Duas casas localizam-se na freguesia de Avô, outra duas em Vila Pouca da Beira e uma em Aldeia das Dez.
O fogo que lavrou no concelho de Oliveira do Hospital, com origem no grande incêndio de Arganil, queimou total ou parcialmente cinco casas e vários hectares de pasto de animais, entre outros danos, disse o presidente da Câmara.
Este município do interior nordeste do distrito de Coimbra tem em curso um plano de levantamento dos danos provocados pelo incêndio, sustentado em três pilares fundamentais, pessoas, segurança e prejuízos, que irá estar no terreno a partir de segunda-feira, com cerca de três dezenas de elementos dos serviços municipais, juntas de freguesia, segurança social ou instituições de saúde, entre outras.
No caso das cinco habitações afetadas, Francisco Rolo indicou que duas localizam-se na freguesia de Avô, outra duas em Vila Pouca da Beira e uma em Aldeia das Dez.
O pilar do levantamento de prejuízos "está muito centrado, já, no imediato, nas perdas das pessoas", frisou o autarca.
Aludiu a casas de primeira habitação "e tudo o que estivesse nas imediações", bem como os danos provocados no setor agrícola e agropecuário, com destruição de arrumos agrícolas, a perda de animais, necessidade de alimentos dos animais que sobreviveram ao incêndio, face às pastagens queimadas, ou a reposição de pontos de água.
"A alimentação e o bem-estar animal, nomeadamente rebanhos, é uma das prioridades", afirmou.
Francisco Rolo disse ainda que têm chegado a Oliveira do Hospital "muitas manifestações de solidariedade" e que o município pretende 'casar' as dádivas e donativos com as necessidades das pessoas.
Precisamente no capítulo do plano dedicado à população, o autarca aludiu à necessidade de ser montada uma estrutura de apoio, em articulação com as unidades de saúde concelhias e juntas de freguesia, para avaliar quer a saúde mental e os danos provocados pelo isolamento dos visados face ao incêndio, com recurso a psicólogos, quer a abertura de gabinetes de atendimento para dar respostas a 88 localidades de 16 freguesias.
Já o pilar da segurança visa, segundo o presidente da Câmara, a reparação de mobiliário urbano diverso, sinalização, limpeza de estradas ou reposição de cablagens e telecomunicações, bem como eventuais demolições de casas devolutas, muros e outras infraestruturas, que tenham sido atingidas pelas chamas e ofereçam perigo de derrocada.
"Queremos criar um ambiente de segurança de circulação, livre de constrangimentos", argumentou.
Neste capítulo, Francisco Rolo deixou um apelo, que foi também uma crítica, à Infraestruturas de Portugal: "É importante que haja ação rápida e eficaz das Infraestruturas de Portugal para limparem valetas e desobstruírem aquilo que é da sua responsabilidade. Já que não limparam as faixas de gestão de combustível das [estradas] nacional 17 e 230, agora que venham reparar os danos que estão nas estradas da responsabilidade deles", vincou.
A estrada nacional (EN) 17 atravessa o concelho de Oliveira do Hospital em direção a Seia e Gouveia, já no distrito da Guarda, enquanto a EN 230 parte da EN17, desce a encosta pela margem direita do rio Alva, e segue pela Ponte das Três Entradas e Alvoco das Várzeas, em direção ao município da Covilhã.
"Há risco de deslizamento de terras e proteções destruídas. O município assume as estradas, caminhos municipais e toda a rede viária municipal. A Infraestruturas de Portugal que faça o seu trabalho", avisou.
Francisco Rolo espera que o Governo decida e leve para o terreno, com urgência, medidas de apoio, mas recusou indicar, o que, na sua opinião deveria ser feito, deixando essa responsabilidade para o executivo liderado por Luís Montenegro.
O incêndio que teve origem em Arganil, na freguesia do Piódão, na quarta-feira, dia 13, há mais de uma semana, mantém-se em curso e atingiu outros seis concelhos do interior Centro: Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã, Fundão e Castelo Branco (distrito de Castelo Branco), queimando mais de 40 mil hectares.
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