Sócrates acusou ainda o jornalismo português de "nunca ter sido isento" no caso da Operação Marquês, processo em que é acusado.
José Sócrates, antigo primeiro-ministro, apresentou, esta terça-feira, uma queixa contra o Estado no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Bruxelas, na Bélgica, relativa à Operação Marquês, processo em que é acusado.
“Só as ditaduras escolhem juízes para processos. Nas democracias os juízes são escolhidos pela lei”, disse.
Sócrates acusou ainda o jornalismo português de "nunca ter sido isento" no caso. "Eu já provei a minha inocência no tribunal de instrução", garantiu.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates considerou esta terça-feira que um "lapso de escrita" que em 2024 reavivou o processo Operação Marquês, que "estava morto", foi a "gota de água" que levou à apresentação de uma queixa contra o Estado português.
O antigo primeiro-ministro considerou que o "lapso de escrita" é "uma artimanha que serviu apenas para manipular os prazos de prescrição e querer levar" o processo a julgamento: "O lapso de escrita é apenas isso", referiu.
José Sócrates justificou ainda que "para as autoridades portuguesas, não existe presunção de inocência" e é por esta razão que apresenta esta queixa.
"O processo Marquês começou com a falsificação da escolha do juiz, teve a mentira do perigo de fuga, teve a campanha de difamação", concluiu o antigo primeiro-ministro.
José Sócrates não poupou críticas ao Ministério Público, afirmando que "ao MP basta insultar as pessoas, não têm que provar nada", disse com ironia. O ex-primeiro-ministro mostrou ainda o parecer não favorável à entrevista ao juiz Carlos Alexandre, uma prova de que "o jornalismo nunca foi isento" e que não existiu imparcialidade do juiz, nem a presunção de inocência.
O antigo primeiro-ministro disse ainda que se está perante um caso de "utilização do sistema judicial para fins políticos" em que "existem sempre acusações dirigidas contra aquilo que são as bandeiras políticas do visado".
O antigo primeiro-ministro José Sócrates garantiu, esta terça-feira, que estará presente em tribunal se o julgamento do processo Operação Marquês começar na quinta-feira, advogando que "não tem pronúncia, nem tem acusação".
"Com certeza que comparecerei. Se houver julgamento, eu vou", disse José Sócrates, em conferência de imprensa, em Bruxelas, no âmbito de uma queixa apresentada contra o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH).
"Mas pode ser que não haja" julgamento, completou o antigo primeiro-ministro.
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