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“Só senti uma arma na cabeça”

Gang julgado por roubo em Sintra e morte de condutor na A16.

02 de março de 2018 às 13:51

Era mais um dia de trabalho para os dois seguranças da carrinha de valores da Loomis. A 28 de fevereiro de 2016, quando saíam do Continente do Lourel, Sintra, em direção à carrinha, com 8 mil euros em moedas nas mãos, deu-se o assalto. "Só senti uma arma na cabeça e pediram-me para baixar", revelou esta quinta-feira um dos seguranças, no tribunal de Sintra, onde 10 homens estão a ser julgados pelo roubo e pela morte de um condutor na A16.

"Fui abordado por uma pessoa e senti uma arma. Depois já não me lembro de mais nada. Apaguei", disse a mesma testemunha - já o colega conseguiu entrar na carrinha. "Ouvi tiros, vi-os a tirar os sacos e fechei os olhos". Pouco depois conseguiu fugir para dentro do hipermercado.

Dentro da carrinha de valores, na qual se trancou, o condutor também foi ameaçado. "Um deles estava junto à porta com uma pistola e só dizia para eu sair", contou aos juízes. "Um outro com uma caçadeira disparou e furou o pneu", acrescentou.

O mesmo disparo fez ricochete e acertou no pé de Ricardo ‘Gordo’, um dos arguidos. Após o assalto, o gang fugiu, mas sofreu um acidente no acesso à A16. Fábio Henriques – o único que aceitou falar aos juízes – seguia ao volante e perdeu os sentidos.

Os comparsas, num carjacking falhado, alvejaram o condutor João Carlos Silva, de 49 anos, que morreu em frente à mulher e à filha menor. O gang atacou outro condutor, roubou-lhe o carro e fugiu. Os assaltantes foram detidos alguns meses depois.

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