Débora Carvalho
JornalistaRita F. Batista
JornalistaTermina a sessão
Sócrates foi dispensado de comparecer nos próximos dias no tribunal. Antigo primeiro-ministro disse que tinha uma viagem marcada para o Brasil.
Sócrates: "Sobre as férias que o senhor procurador quer perguntar, haverá oportunidade noutro dia"
Retoma a sessão. É apresentado formalmente o requerimento para proibir questões de MP. A juíza lê a decisão. Magistradas consideram incontornável colocar questões em causa. Lembram que o arguido pode sempre responder ou não.
E respondendo, pode sempre argumentar e negar os factos pelos quais está a ser acusado.
Juíza pede apenas para que os documentos apresentados sejam sempre contextualizados. Em suma, a juíza nega pedido de Sócrates que não quer ser confrontado com o circuito do dinheiro.
MP quer confrontar Sócrates com despesas que não foram pagas pelo antigo primeiro-ministro mas que foram em benefício de Sócrates.
José Sócrates dá a entender que não quer abordar este tema. Ainda que nunca admita de forma direta que há temas sobre os quais não quer responder.
"Tenho uma série de coisas para fazer que ainda quero fazer hoje. Portanto sobre as férias que o senhor procurador quer perguntar, haverá oportunidade noutro dia, mais para a frente para falar disso."
"Eu irei a essa matéria, pensei que já tinha ficado claro, terei ocasião de falar dessa matéria quando a senhora doutora juíza marcar uma sessão para me convocar de novo. Hoje não".
Sócrates está cansado de responder ao tribunal e desabafa: “eu só preciso de dormir 8 horas para responder a todos os que me fazem perguntas!”
“Estive um ano e meio sob escuta. Claro que alguém arranjará algo de embaraçante para me perguntar”, diz Sócrates.
Sobre negócios de Carlos Santos Silva com Rui Pedro Soares: “Não sei de nada. Nem sabia que eram amigos! Os meus amigos não me entregam relatórios trimestrais sobre os negócios!”
Juíza: "Tem mais alguma coisa para falar?"
“Da minha parte, já falei de tudo. Já falei dos três crimes de corrupção… o mais importante”.
MP pede a palavra. Questiona sobre casas da Venezuela e sobre viagem de Manuel Pinho à Venezuela em setembro de 2008. MP confronta Sócrates com email do seu então chefe de gabinete.
“Completamente em desespero”: Sócrates sobre intervenção do Ministério Público no processo Operação Marquês
Pausa para almoço
"O MP está a perder o sentido do seu dever. O MP quer conduzir isto aos primeiros tempos. 10 anos de devassa. Devassa pura", diz Sócrates à saída do tribunal.
Advogado de Sócrates irrita-se com procurador: "O senhor está a insultar e a injuriar o meu cliente!"
Advogado de Sócrates irrita-se. De forma exaltada explica que a imputação que o dinheiro foi parar aos bolsos de Sócrates é uma imputação criminosa que não se pode fazer porque não está provado.
Diz que nem a juíza nem os procuradores podem fazer questões nesse sentido porque as questões são ilegais por violarem a presunção de inocência.
Pedro Delille: "A pergunta é criminosa. O MP volta sempre à mesma história. As perguntas pressupõem que o dinheiro foi parar ao senhor engenheiro José Sócrates mas sem que seja dada qualquer prova. São ilegais e não trazem nada para o processo."
"São perguntas que só estimulam um espetáculo."
Advogado apresenta requerimento para proibir questões do MP. Questões relacionadas com o circuito de dinheiro.
MP contrapõe e diz que tem apresentado provas.
Advogado: "O senhor procurador não pode dizer isso! O senhor está a insultar e a injuriar o meu cliente!"
Pedro Delille exalta-se bastante. Juíza chama à atenção do advogado e pede para que o advogado não se dirija diretamente ao procurador.
Ânimos bastante exaltados na sala. Advogado: "O comportamento dos senhores procuradores não é aceitável"
Pausa para almoço
Retoma sessão
Pausa de 10 minutos
"Encontraram dinheiro, então tem de haver um crime", diz Sócrates
Sócrates pede para fazer uma exposição sobre o caminho do dinheiro entre 2005 e 2011. "O tal caminho do dinheiro... uhhhh... o caminho do dinheiro que toda a gente fala! Vamos lá então."
"Follow de money! A magnífica investigação", continua. "Encontraram dinheiro, então tem de haver um crime".
"Desculpem mas tem de se provar. O senhor procurador diz que o dinheiro me chegou aos bolsos. O mínimo que se pode pedir é que se prove isso."
MP pede para confrontar Sócrates com um relatório sobre as férias. Documento do Sheraton com todas as estadias entre 2005 e 2014.
Procurador diz que os registos desta unidade hoteleira mostram que Sócrates esteve efetivamente hospedado nos períodos nos quais o antigo primeiro-ministro negou ter estado. Sócrates levou a agenda para julgamento, que também consta no processo, para dizer que não estava de férias em alguns dos períodos apontados.
Procurador afirma que existe um registo do hotel com essas estadias. Juíza pergunta se Sócrates quer responder. Sócrates procura na agenda que trouxe consigo e responde: "Não posso estar em dois sítios ao mesmo tempo. Eu estava em Bragança... mas se acha que estava a tomar banho na piscina do Sheraton...".
"Não admito que o tribunal seja tão violento comigo": Sócrates não quer falar já dos empréstimos e da casa de Paris
“Vou ser julgado duas vezes!!! Vou ser julgado aqui e na porta ao lado outra vez. Vou ser julgado aqui à terça, quarta e quinta. E no outro processo deve ser à segunda, sexta e, quem sabe, ao sábado”, começa por dizer Sócrates, em reação à notícia avançada esta manhã pelo canal NOW.
Juíza: "Está a falar sobre outros autos. Não sobre estes autos. Eu gostava de continuar a trabalhar, é só isso."
Sócrates: "Essa sua forma de trabalhar devia de ser refletida. Não é pedir muito". Sócrates diz que vai falar hoje e não vai fazer mais declarações.
“Não quero isto à pressão. Não admito que o tribunal seja tão violento comigo. Hoje é isto, amanhã é aquilo!!”, diz o antigo primeiro-ministro.
Juíza: "O arguido é livre de falar em qualquer altura."
Sócrates: "Então, para me defender fisicamente, eu queria fazer assim: quero terminar hoje com as minhas considerações até ao momento em que fui primeiro-ministro, em 2011. depois, daqui a uma semana, ou assim, regresso cá. Para falar da compra das casas à minha mãe, empréstimos do meu amigo e casa de Paris."
“Eu não recuso prestar declarações sobre nada. Só peço que o tribunal tenha atenção que isto é um exercício exigente”, continua.
Juíza: então, o que quer falar hoje?
Começa a sessão
José Sócrates chegou ao tribunal
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