A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) vai iniciar hoje a operação que prevê a retirada do mercado português de nove marcas de cigarros à venda no País que revelaram ter índices de alcatrão e monóxido de carbono acima dos estipulados na lei.
Rothmans, Dunhill, Golden American, Benson & Hedges, Mayfair, Sterling, Berkley, Sovereign e Coronas são as marcas alvo desta operação que irá decorrer ao longo de toda a semana. “É o tempo suficiente para apreender os cigarros nos vários depósitos nacionais de tabaco e ao mesmo tempo notificá-los a fazer a respectiva recolha junto dos vários distribuidores. É um processo rápido, porque não são das marcas mais populares no mercado português”, adianta o porta-voz da ASAE, Manuel Lage.
Os elevados valores de alcatrão e monóxido de carbono destas nove marcas de cigarros foram revelados através de vários exames de laboratório que os diferentes fabricantes são obrigados a efectuar uma vez por ano. Posteriormente, esses resultados são apresentados à Direcção-Geral de Saúde, que verifica e certifica o laboratório onde foram realizados e a adequação aos valores estipulados na lei das substâncias que os compõem.
De acordo com as últimas análises – as segundas desde que a lei entrou em vigor, em 2005 –, as nove marcas referidas apresentam níveis de carvão e monóxido de carbono entre os onze e os 12 miligramas, quando a lei estipula um máximo de dez, constituindo, por isso, um perigo elevado para a saúde dos consumidores.
Apesar disso, todas as marcas mantiveram a informação nos maços de cigarros com os valores dentro da lei e agora podem ser punidas por isso. “É natural que os fabricantes possam vir a ser multados mas, neste momento, ainda não estamos capazes de dizer exactamente quais os procedimentos que irão decorrer após a apreensão dos vários cigarros, depende da reacção dos distribuidores”, afirma Manuel Lage, segundo o qual o “recurso e as contra-análises” são cenários prováveis para os próximos tempos. A retirada do mercado destas nove marcas de tabaco não é definitiva.
“Os valores actuais de alcatrão e monóxido de carbono excedem o que está determinado, mas caso os fabricantes ajustem os níveis aos permitidos por lei qualquer uma destas marcas poderá, de futuro, regressar ao mercado”, assegura o porta-voz da ASAE.
SG SOB INVESTIGAÇÃO
A investigadora Maria Teresa Vasconcelos, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, revelou, em Novembro de 2004, o resultado de um estudo que alertava para o facto de os cigarros SG Ventil e SG Filtro conterem dialdrin, um pesticida potencialmente cancerígeno, cuja utilização está proibida na Europa e nos Estados Unidos.
Após ter tomado conhecimento deste estudo, a Direcção-Geral de Saúde procedeu de imediato à retirada no mercado dos lotes de ambas as marcas de tabaco para efectuar uma contra-análise e determinar se haveria razões para alarme. Os resultados, vindos de dois centros especializados no Reino Unido e em Itália, foram anunciados dois meses depois e deram negativo.
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