A edição de hoje
Dentista deixou gasolina a arder no parque da esquadra.
Um médico dentista, que chegou a trabalhar para a assistência em saúde da PSP, viu o Tribunal da Relação de Coimbra manter-lhe a pena de dois anos e dois meses de prisão suspensa a que havia sido condenado por, em março de 2012, ter tentado incendiar por vingança o estacionamento da PSP de Viseu, onde estavam quase duas dezenas de viaturas.
De acordo com o acórdão, a que o CM teve acesso, o homem estava revoltado por ter sido obrigado a pagar cinco euros de consumo mínimo num bar da cidade. Foi à esquadra para apresentar queixa, mas os agentes, ao vê-lo "nervoso e alterado", aconselharam-no a fazê-lo mais tarde. O dentista foi a um posto de abastecimento de combustíveis, comprou uma garrafa de litro e meio de água e encheu-a com gasolina.
Pelas 06h15 parou junto ao estacionamento contíguo à entrada principal da esquadra, colocou vários papéis no interior da garrafa com gasolina (para servirem de pavio), colocou o engenho incendiário junto ao carro particular de um chefe da PSP e ateou o fogo com um isqueiro.
O incêndio só não pegou e se alastrou aos cerca de 20 carros ali estacionados porque um agente da PSP foi, casualmente, à rua fumar um cigarro e viu as chamas no seu início e o dentista agachado entre os carros. O incendiário fugiu no seu carro enquanto o polícia apagava o fogo.
Foi apanhado mais tarde. O dentista trabalha entre Lisboa e Viseu e tinha estado a jantar com amigos. O primeiro tribunal considerou que estaria alcoolizado, o que foi alterado agora pela Relação de Coimbra.
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