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Tio de Joana não assume crime

Tribunal de Execução de Penas entende que João Cipriano não assume a prática do crime, vitimiza-se e não demonstra empatia para com a vítima.

09 de junho de 2014 às 09:49

O Tribunal de Execução de Penas de Lisboa recusou o pedido de liberdade condicional de João Cipriano, atualmente a cumprir 16 anos e oito meses de prisão pela morte da sobrinha Joana Cipriano, de oito anos,

desaparecida desde 12 de setembro de 2004 da localidade da Figueira, em Portimão.

O corpo da menina nunca foi encontrado, mas João e a irmã Leonor - mãe da criança - acabaram condenados, pelo Tribunal de Portimão, depois de um julgamento de júri, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver da criança.

No final de setembro de 2013, o tio de Joana cumpriu metade da pena. No entanto, o tribunal concluiu que não estão reunidos alguns pressupostos para a liberdade condicional: João não assume a prática dos factos criminosos, exterioriza sentimentos de vitimização, não demonstra empatia para com a vítima, tem cadastro e soma quatro sanções disciplinares enquanto recluso. João Cipriano cumpre pena na cadeia da Carregueira, em Sintra.

Segundo o acórdão, "seria para a sociedade incompreensível e contraproducente que alguém que é responsável pela prática de um crime tão grave como aquele pelo qual o recluso foi condenado, beneficie da liberdade condicional uma vez atingido o meio da pena".

Joana terá sido morta depois de ter visto a mãe e o tio num ato incestuoso. Terá sido esquartejada e atirada aos porcos. Em 2009 Leonor culpou o irmão pelo crime. Ele já tinha feito o mesmo.

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