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Estado pagou à vítima indemnização de 369 634 euros. Agora está a pedir ao 'atirador' o 'direito de regresso' dessa verba. Militar teve castração dos testículos e encurtamento da perna.
Os dois jovens fuzileiros estavam na caserna do 2.º pelotão da sua companhia, na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, Almada. O mais velho, 1.º marinheiro, mostrava o seu revólver pessoal - que pelas regras de então deveria ter deixado na escudaria à entrada da unidade - ao camarada 2.º grumete, recém-chegado à Marinha. Acabou por disparar a arma e uma bala atingiu o mais novo nos testículos (perdeu ambos) e perna esquerda (que sofreu encurtamento). O insólito caso ocorreu pelas 12h00 de 7 de maio de 2004 e, 21 anos depois, ainda ocupa os tribunais. O Ministério da Defesa tenta ainda recuperar do atirador a indemnização de 369 634 euros que pagou à vítima em 2019, 15 anos depois do infortúnio. O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu agora, em acórdão a que o CM teve acesso, que são os tribunais administrativos os indicados para julgar esse chamado "direito de regresso" do Estado.
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