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Três anos em obras

O Farol do Cabo de São Vicente, em Sagres, é considerado como um dos mais imponentes do País e tornou-se, ao longo de décadas, ponto obrigatório de romaria para milhares de turistas. Só que a necessidade de obras levou ao seu encerramento ao público em meados de 2005. Desde então, nunca mais voltou a abrir as portas. As visitas apenas deverão ser retomadas no final do próximo ano.

30 de dezembro de 2007 às 00:00

A grande intervenção de beneficiação, manutenção e conservação do farol (e respectivas infra-estruturas anexas) foi concluída em finais do passado mês de Outubro. Custou mais de meio milhão de euros e foi mantida a traça original do histórico imóvel.

Mas a falta de dinheiro deixou de fora da empreitada a adaptação da chamada casa da muralha (instalações situadas junto ao portão de entrada) a pólo museológico, pelo que o farol permanece fechado. Finalmente, está agora em preparação o lançamento da obra em falta.

Segundo apurámos junto da Marinha – que tutela aquele espaço, através da Direcção de Faróis –, o caderno de encargos da nova empreitada encontra-se em “fase final de aprontamento”, estando prevista a abertura do respectivo concurso “no início de 2008”. Os trabalhos, orçados em 175 mil euros, devem arrancar no primeiro trimestre do próximo ano e têm uma duração programada de “150 dias”.

Após a conclusão da empreitada, será iniciada a montagem do espólio histórico no pólo museológico – que passará a funcionar como extensão do Museu da Marinha. Será ainda definida regulamentação de acesso e visita ao farol e ao espaço museológico. Os visitantes passarão a dispor de uma cafetaria.

REABERTURA

Segundo a Marinha, a reabertura ao público deverá acontecer em finais de 2008 – isso no pressuposto de “não se virem a verificar quaisquer outros constrangimentos orçamentais acrescidos”. Terão passado mais de três anos sobre a data do encerramento do Farol para a realização de obras.

“Toda a zona do Promontório de Sagres [fortaleza e farol do Cabo] é a jóia da nossa coroa”, diz o presidente da Região de Turismo do Algarve. António Pina espera que com a recuperação da fortaleza – prevista arrancar já no próximo ano – a região atraia mais turistas asiáticos.

ORIGEM

As referências históricas ao farol remontam a 1515. Nessa altura, existia um convento no Cabo, que dispunha de uma torre com uma luz. O local foi atacado por piratas. Em 1587, o corsário Francis Drake tomou de assalto o convento e destruiu a torre.

RECONSTRUÇÃO

Após várias tentativas de reconstrução, seria D. Maria II, em 1846, a mandar erigir o farol com a configuração actual. O imóvel (sujeito ao clima marítimo agreste) necessita de periódicas obras de manutenção, de forma a evitar a sua degradação.

MUSEU

A requalificação iniciada em 2005 será concluída no próximo ano com a adaptação da casa da muralha a pólo museológico, que funcionará como extensão do Museu da Marinha. Será ainda instalada uma cafetaria.

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