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Três suspeitos de rapto e sequestro condenados a penas suspensas em Aveiro

Vítima contou que estava numa festa quando foi abordado por dois arguidos que o levaram até ao skate park, em Aveiro, onde foi agredido e injuriado.

12 de janeiro de 2021 às 12:03

O Tribunal de Aveiro condenou hoje a penas suspensas, entre os três anos e os três anos e nove meses, três dos sete arguidos envolvidos num caso de rapto e sequestro de dois jovens ocorrido há seis anos.

A pena mais gravosa, três anos e nove meses, foi aplicada a um arguido de 28 anos que estava acusado de seis crimes, mas foi condenado apenas por três: rapto, roubo e tentativa de extorsão.

O coletivo de juízes aplicou uma pena de três anos e meio de prisão a outro arguido, de 28 anos, por um crime de rapto e outro de tentativa de extorsão.

O terceiro condenado, de 23 anos, foi punido por cinco crimes de coação, sequestro, rapto, roubo e tentativa de extorsão, mas beneficiou de uma atenuação especial de pena, devido à sua idade, que levou a um cúmulo jurídico de três anos de prisão.

Todas as penas foram suspensas pelo mesmo período sem condições, com exceção do arguido mais novo, em que a pena foi suspensa com regime de prova.

Quanto aos outros quatro arguidos, que estavam acusados pelos mesmos crimes como cúmplices morais, três deles foram absolvidos e o quarto viu o processo arquivado devido à idade, uma vez que tinha 15 anos à data dos factos.

O caso envolvendo seis homens e uma mulher, cinco deles da mesma família (pai e filhos), com idades entre os 21 e 52 anos, está relacionado com um alegado "ajuste de contas", ocorrido na madrugada de 05 de outubro de 2014, em Aveiro.

A principal vítima foi um jovem de 25 anos que disse ter sido acusada injustamente do roubo do estabelecimento de um dos arguidos, queixando-se de agressões e injurias.

Durante o julgamento, o jovem contou que estava numa festa na Póvoa do Valado quando foi abordado por dois arguidos que o levaram até ao skate park, no Bairro de Santiago, em Aveiro, onde foi agredido e injuriado.

Posteriormente, foi conduzido para casa da família do dono do estabelecimento assaltado, onde teria sido obrigado a assinar um papel em que se comprometia a pagar uma suposta dívida de 1.500 euros, tendo sido depois libertado.

O jovem contou que chegou a casa "em boxers e t'shirt", porque o mandaram despir a roupa que trazia vestida e referiu que os arguidos ficaram também com o seu carro, que estava avaliado em cerca de 600 euros.

A acusação refere ainda que dois dos principais arguidos coagiram e sequestraram um amigo da principal vítima que os terá ajudado a localizá-la, com receio que aqueles o agredissem fisicamente.

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