Fiscalização apurou haver "graves irregularidades" na instituição.
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A Segurança Social justificou esta quinta-feira o encerramento da Casa do Gaiato em Beire, Paredes, com as "deficientes condições das instalações e insuficiência de recursos humanos, que colocavam em perigo iminente a integridade de utentes".
Num comunicado do Instituto da Segurança Social (ISS) enviado à Lusa, refere-se que uma ação de fiscalização apurou haver "graves irregularidades", nomeadamente "deficientes condições das instalações e de segurança e insuficiência de recursos humanos, que colocavam em perigo iminente a integridade de utentes".
Concluiu-se ainda, segundo o comunicado, "pela necessidade de se proceder ao encerramento urgente da resposta social, tendo a Segurança Social, através das suas equipas técnicas, desenvolvido as diligências necessárias ao encaminhamento dos utentes para estabelecimentos licenciados".
O ISS informa também que, "dada a ausência de qualquer responsável na instituição e em ordem a garantir a normalidade da ação, contactou-se de imediato as forças policiais, como habitualmente sucede, que coadjuvaram, ao longo da tarde, as equipas na realização da referida ação".
A tutela assinala, por outro lado, que a ação inspetiva ocorreu no "seguimento de denúncias e após solicitação e comunicação do Ministério Público efetuada no âmbito de um inquérito.
A direção da Casa do Gaiato de Paredes, contactada hoje pela Lusa, confirmou a ação da Segurança Social, mas criticou a forma como se procedeu à retirada dos utentes da instituição, todos doentes, quando se procedia ao encerramento.
"Aquilo que preocupa é que eles [doentes] sofrem com esta retirada perfeitamente desumana que lhes fizeram", afirmou o padre Júlio Pereira, que dirige a instituição.
O responsável considera que a ação da Segurança Social não se justificava, negando a falta de condições das instalações.
"Não tem qualquer fundamento essa afirmação. A nossa Casa do Calvário tem todas as condições para funcionar, como já funciona há 60 anos", referiu, sublinhando que a Casa do Gaito tem "um modelo de funcionamento que não é o da segurança social".
Ao contrário do que se referiu no comunicado do ISS, o responsável pela instituição referiu que não se verificou a presença de forças policiais a acompanhar a operação.
"Eles começaram a levar os primeiros doentes. O que é certo é que a polícia nunca apareceu. A partir desse momento, eu disse: não levam mais doentes, têm de trazer um documento ou a polícia a atestar a autoridade para fazerem isto", contou.
O padre António Pereira explicou que a instalações de Beire são formadas por duas casas. Na Casa do Calvário estão 14 utentes, ali designados "rapazes com incapacidade de autonomia, todos acima dos 40 e 50 anos de idade". Esses, precisou, ainda se mantêm na Casa do Calvário.
Quanto à Casa do Gaiato de Beire, onde estavam 50 utentes, todos com doenças crónicas, restam sete ou oito, anotou. Os restantes foram transferidos para outras instituições.
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