A edição de hoje
Ex-presidente do Benfica cumpre 11 anos de prisão por burlas.
João Vale e Azevedo, ex-presidente do Benfica e preso na Carregueira a cumprir 11 anos e 6 meses por burlas, vai pedir a liberdade condicional no final de maio, altura em que a sua situação prisional será obrigatoriamente reavaliada por um juiz de execução de penas, apurou o CM. Se sair da cadeia, a Justiça não o poderá voltar a prender até ao final de junho de 2018.
A audiência irá decorrer no dia 27 e diz respeito a um ano após os dois terços da pena. Se o juiz entender não o libertar, Vale e Azevedo, 57 anos, só sairá da prisão da Carregueira daqui a um ano – quando estiverem cumpridos os cinco sextos do total da condenação: o que ocorre em 7 de junho de 2016.
Em maio de 2014, na avaliação dos 2/3 da pena, a condicional foi recusada. O tribunal considerou o "perigo de fuga" e ponderou a existência de "outros processos judiciais pendentes".
Mas esses processos (entre eles a condenação em 2014 a 10 anos no caso das transferências de jogadores do Benfica) não vão poder ser usados para manter Vale e Azevedo na cadeia. Isto porque a 27 de maio do ano passado, a Justiça inglesa não permitiu a extensão a esses crimes do mandado europeu pelo qual foi extraditado em 2012 de Londres.
Para não ser violada a especialidade (não pode ser preso por crime diferente do mandado europeu), a Justiça lusa não poderá tocar em Vale e Azevedo pelos outros crimes até à extinção da pena (7 de maio de 2018) e nos 45 dias seguintes – até finais de junho de 2018.
Segundo alertam ao CM fontes judiciais, mesmo que a liberdade condicional lhe seja dada com a obrigatoriedade de residir no País, Vale e Azevedo poderá escapar livremente nesse período de 45 dias entre o termo da pena e o final desta proteção dada pelo princípio da especialidade.
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