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Vila Real pede plano urgente para Parque Natural do Alvão

Incêndio que atingiu Vila Real queimou 6 mil hectares, cerca de 1.500 dos quais no Parque Natural do Alvão.

22 de agosto de 2025 às 18:06

O incêndio que atingiu Vila Real queimou 6 mil hectares, cerca de 1.500 dos quais no Parque Natural do Alvão (PNA), disse esta sexta-feira o presidente da câmara que pediu um "plano urgente de salvaguarda" para esta área protegida.

Alexandre Favaios afirmou à agência Lusa que este foi um incêndio que deixou "profundas marcas" no concelho, onde, entre os dias 2 e 13 de agosto, impactou sete freguesias e 30 lugares, estendeu-se por cerca de 12 quilómetros e entrou em Mondim de Basto.

Este foi, segundo Alexandre Favaios, "um incêndio muito longo" e cujo "combate foi muito difícil".

No final, deixou um rasto de cerca de 6 mil hectares de área ardida, dos quais se estimam que 1.500 hectares estejam incluídos no PNA.

O PNA tem 7.220, entre os concelhos de Vila Real e Mondim de Basto e, por ser uma área protegida, Alexandre Favaios disse que é "preciso um plano urgente de salvaguarda".

"Ou seja, um plano que permita de forma muito célebre termos uma intervenção no PNA. Estamos a falar em terrenos montanhosos, terrenos pobres, dentro de algum tempo teremos as primeiras chuvas e urge fazer estabilização e a sua reflorestação, de acordo com os critérios técnicos que naturalmente teremos que seguir", referiu.

O objetivo é tentar, "no menor curto espaço de tempo possível, recuperar alguma da biodiversidade que, entretanto, ficou comprometida".

"Estamos a falar de uma área protegida. Depois é preciso fazer um plano, efetivamente, também para este parque natural, que substitua o plano de ordenamento que estava em vigor e que se percebe que, naturalmente, está obsoleto", apontou.

Mas, o presidente entende que é também precisa uma "resposta do Estado Central junto das corporações" de bombeiros.

Por exemplo, durante os 12 dias em que durou o incêndio em Vila Real, a base de apoio logístico esteve instalada na Cruz Branca, onde foram fornecidas alimentações e combustível para os veículos.

Alexandre Favaios considerou ser necessário encontrar um mecanismo de antecipação de verbas que permita, neste caso à corporação que esteve a servir de base de apoio logística, "de alguma maneira assumir as suas responsabilidades perante os fornecedores".

Em relação aos prejuízos causados pelo incêndio, dados ainda provisórios apontam para três casas de segunda habitação afetadas, 20 palheiros e barracões, 800 metros de tubos de água, 30 ferramentas agrícolas, 73 colmeias, mais de 2 mil árvores (pinheiros, carvalhos, castanheiros e diversas árvores de fruto), 12 hectares de culturas de sequeiro, 295 fardos de feno, à volta de 100 terrenos agrícolas destruídos ou danificados e 75 agricultores atingidos.

O levantamos dos prejuízos começou logo no dia 14 de agosto, em articulação com as juntas, associações de caça, conselhos diretivos de baldios, a associação de agricultores e, num momento posterior, com a Associação de Criadores de Maronês.

"Estamos convencidos que estes valores ainda vão aumentar", afirmou o autarca.

O município de Vila Real terá um gabinete disponível, depois de disponibilizados os formulários pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR-N), para a instrução das candidaturas aos apoios.

Na quinta-feira o Governo anunciou medidas que incluem um apoio excecional para compensar os prejuízos causados pelos incêndios aos agricultores, incluindo despesas não documentadas, num montante de até 10 mil euros.

Alexandre Favaios considerou que as medidas governamentais "respondem àquilo que são, pelo menos no imediato, as situações de natureza mais emergentes", defendendo que "é fundamental que as "pessoas sejam reembolsadas de forma o mais célebre possível".

No dia 2, o concelho registou três ignições, em São Cibrão, que lavrou em direção a Sabrosa, depois entre Torgueda e Mondrões e, pelas 23:45, a de Sirarelhos, que esteve em conclusão e sofreu uma forte reativação que se prolongou até ao dia 13.

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