Luís Tomé
Professor Catedrático de Relações InternacionaisDez dias depois de a Rússia sair do acordo sobre exportação de cereais lançando, desde então, intensos bombardeamentos destruindo silos carregados com dezenas de toneladas de cereais ucranianos e infraestruturas portuárias ucranianas no Mar Negro e no Rio Danúbio, Putin vangloriou-se, durante a 2.ª Cimeira Rússia-África, que a Rússia “vai ter este ano um volume de colheitas recorde” (incluindo cereais cultivados e colhidos nas zonas ocupadas da Ucrânia); “continua a ser a número um” e pode “facilmente substituir” o fornecimento aos importadores da Ucrânia; ofereceu “25 a 50 mil toneladas” de cereais a seis países africanos “nos próximos três, quatro meses”; e admitiu que a escalada de preços mundiais dos cereais “beneficia a Rússia” que, assim, “pode ajudar mais os países africanos”! Enquanto o “traidor” Prigozhin aparecia publicamente pela primeira vez desde o motim Wagner, Putin dizia que “a Rússia vai desenvolver a cooperação técnico-militar, económica e humanitária” com África! Afirmou ainda “estar a estudar” a iniciativa de paz africana, mas que a Ucrânia e o Ocidente “não estão interessados em negociações”! Descaramento é pouco.
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