Mais de mil médicos esperam formação este ano
Estimados em 1200 os clínicos sem vaga no internato deste ano.
A Associação de Médicos pela formação Especializada calcula que este ano sejam perto de 1200 os médicos a ficar sem acesso a uma vaga no internato da especialidade. O número é estimado com base nos valores das vagas abertas no ano passado e com o número de candidatos este ano.
A presidente da associação, Constança Carvalho, mostrou preocupação pelo "número crescente de médicos que ficam sem acesso à especialidade". "Infelizmente, e apesar da gravidade da situação, o Ministério da Saúde tem demonstrado um preocupante desinteresse", acrescentou.
No concurso do ano passado, cerca de 700 médicos ficaram sem acesso à especialidade e no ano anterior o cenário foi semelhante.
Para a associação, o impasse e a falta de decisões da tutela vai criar "mais de quatro mil médicos sem especialidade até 2021". Uma situação que considerou "insustentável".
Constança Carvalho defende que seja alterado o regime jurídico do internato médico e que seja feito um concurso extraordinário, para permitir incluir na especialidade todos os médicos que ficaram excluídos em concursos anteriores.
Uma das medidas propostas é o alargamento da formação geral dos médicos, que é obrigatória, de um para dois anos. A associação apela a todos os médicos a aderirem à greve nacional de 2 e 3 de julho
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