Centro Hospitalar feito “com os pés”. Administração assume falta de clínicos.
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Quase cinco anos depois da criação do Centro Hospitalar do Algarve, a presidente do conselho de administração admite que a fusão dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos foi feita "sem estudo" e executada "com os pés".
Ana Paula Gonçalves foi ouvida na comissão parlamentar de Saúde, na sequência de uma notícia do CM sobre os atrasos na realização de exames para doentes oncológicos.
A administradora hospitalar assumiu aos deputados que a "integração das unidades do Algarve" num único centro hospitalar "não contribuiu em nada para a melhoria da eficiência".
A mesma responsável considera que o "gigantismo da organização", torna a gestão "difícil e penosa", admitindo que a fusão teve como consequência "a saída de alguns profissionais que não se reviram no modelo" do novo Centro Hospitalar.
Quanto aos recursos humanos, a administradora admitiu que faltam profissionais e exemplificou que o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve tem 400 médicos especialistas, enquanto os três centros hospitalares de Lisboa têm 3000 médicos.
Ulisses Brito, representante da Ordem dos Médicos no Algarve, alertou para o facto de o Centro Hospitalar ter apenas dois patologistas a tempo inteiro e um outro a meio tempo, tendo "uma brutalidade de exames" para fazer.
Ulisses Brito assume que os serviços de saúde algarvios são "permanentemente deficitários em recursos humanos".
Já o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, alertou que os profissionais de saúde têm "cada vez mais receio" de denunciar situações de insuficiências ou mau funcionamento dos serviços, por medo de "implicações negativas".
PORMENORES
Doente oncológico
O atraso no exame decisivo a um doente oncológico seguido no Centro Hospitalar do Algarve, que o CM noticiou, ocorreu por uma questão administrativa imposta pelo IPO de Lisboa, explicou ontem a Ordem dos Médicos, na comissão de Saúde.
Biopsias adiadas
A deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto denunciou ontem que o Centro Hospitalar tem casos de "adiamento de biopsias cerebrais" por falta de resposta das unidades hospitalares. A administração desconhece casos de biopsias não realizadas.
Mais doentes afetados
O deputado Cristóvão Norte considera que o problema dos atrasos nos exames oncológicos pode ser "bem mais grave", porque pode afetar mais doentes e até outros hospitais, tendo em conta que não se tratou de um único erro administrativo, exigindo esclarecimentos ao IPO e à ministra da Saúde.
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