"País não pode bloquear": MAI lança críticas ao caos no aeroporto de Lisboa devido a plenário de trabalhadores
"Direito à greve e dos plenários é um direito incondicional dos trabalhadores, contudo é muito importante avaliar o exercício desse direito", diz.
O Ministro Administração Interna afima que marcar um plenário de trabalhadores para o horário em que o Aeroporto de Lisboa recebe entre 3.5 e 4 mil turistas "é um assunto muito sério". As declarações surgem depois de um verdadeiro caos no Aeroporto de Lisboa, devido a plenário de trabalhadores, que causou longas filas de espera.
José Luís Carneiro disse este domingo que os aeroportos de Portugal têm vindo a conhecer, este ano, um crescimento exponencial da procura: "Estamos já muito próximos de níveis de 2019. Aquilo que queríamos dizer neste momento é que o direito à greve e dos plenários é um direito incondicional dos trabalhadores, contudo é muito importante avaliar o exercício desse direito de forma a que ele não coloque em causa outros valores também muito importantes."
"Em relação aos interesses do país e à imagem que o país passa aos milhares de turistas que procuram Portugal e não compreendem como é que podem estar 3h00 ou 4h00 à espera no aeroporto", acrescenta.
Luís Carneiro informou os jornalistas que durante a próxima semana irá apresentar um plano de contingência que irá mobilizar vários meios e recursos humanos, que serão recrutados em estruras do SEF de todo o país, para reforçar o contingente disponivel nos aeroportos. "Vamos também reforçar a integração de agentes da PSP e GNR no apoio ao SEF para garantir uma resposta mais célere quer no encaminhamento para as boxes de serviço na primeira linha de apoio quer na entrada no país", explica.
O ministro disse ainda que o aeroporto de Lisboa contou com o apoio de muitos dos trabalhadores do SEF que não concordaram com o que foi feito este domingo, com a organização de um plenário entre as 9h00 e as 11h00, porque "sabe-se que é o periodo em que chegam mais turistas ao nosso país, entre 3.5 a 4 mil turistas."
O ministro da Administração Interna criticou a organização do plenário: "É necessário promovermos uma restruturação do SEF. O país não pode bloquear porque se entende convocar um plenario de trabalhadores para uma hora em que o pais mais é procurado."
Sobre a formação da PSP para apoiar SEF, Luís Carneiro diz que "está a correr da forma que estava previsto". Neste momento já foram formados 85 agentes da PSP e militares da GNR e há mais 120 em formação. Segundo o MAI, até julho estes profissionais serão integrados na primeira linha de atendimento no aeroporto sob a supervisão do SEF.
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