Advogado em Pombal e Coimbra escapou impune a mais de 500 multas durante 10 anos

Jorge Coutinho da Costa assumiu conduzir carros em excesso de velocidade, quando não era ele.

14 de outubro de 2022 às 21:34
Jorge Coutinho da Costa Foto: CMTV
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Durante 10 anos, Jorge Coutinho da Costa assumiu conduzir carros em excesso de velocidade, quando não era ele. Ministério Público acusa-o de ludibriar a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

A conduzir um topo de gama da BMW, foi como o advogado Jorge Coutinho da Costa, especialista em contraordenações rodoviárias, chegou a um dos escritórios que tem em Louriçal, Pombal. O conceituado advogado, que também tem escritório em Coimbra, conseguiu passar impune a mais de 500 multas, sem nunca ter sofrido, durante mais de uma década, qualquer condenação por parte da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). A 

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A conduzir um topo de gama da BMW, foi como o advogado Jorge Coutinho da Costa, especialista em contraordenações rodoviárias, chegou a um dos escritórios que tem em Louriçal, Pombal. O conceituado advogado, que também tem escritório em Coimbra, conseguiu passar impune a mais de 500 multas, sem nunca ter sofrido, durante mais de uma década, qualquer condenação por parte da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). A SÁBADO sabe que estão identificadas 559 situações em que o advogado de 40 anos assumiu ser o condutor de veículos que, na verdade, nunca foram conduzidos por ele.

Jorge Coutinho da Costa chegou mesmo a apresentar-se como sendo o condutor de dois veículos detetados em excesso de velocidade, que circulavam em locais distintos, com uma diferença horária de apenas 15 minutos. O advogado assumiu também ter conduzido, por exemplo, dois veículos diferentes, que circulavam no mesmo dia, local e sentido e com uma diferença de três minutos, dando-se como responsável de ambas as infrações. Chegou a assumir-se, ainda, como sendo o condutor de um trator e, em pelo menos 10 situações, assumiu a responsabilidade na condução de veículos pesados que foram multados, não tendo sequer habilitações para o fazer. Desta forma "ludibriava a ANSR, tornando o processo contraordenacional mais moroso", pode ler-se na acusação do Ministério Público, consultado pela SÁBADO.

Conheça a história completa no site da revista SÁBADO.

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