Alérgicos não devem tomar a vacina contra a Covid-19

Reação adversa em dois doentes leva Reino Unido a desaconselhar vacinação a quem tem historial de “alergias significativas”.

10 de dezembro de 2020 às 09:00
O processo de vacinação já está em marcha. A vacina da Pfizer deverá chegar a Portugal no início de janeiro. Aguarda-se aprovação pela agência europeia Foto: Getty Images
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Ao segundo dia de vacinação no Reino Unido, o primeiro alerta sério das autoridades de saúde britânicas: quem tem historial de "alergias significativas" não deve tomar a vacina. E isso inclui as reações a medicamentos, alimentos ou vacinas. O aviso surge após dois profissionais de saúde, alérgicos, terem manifestado reações adversas. Não foram adiantados pormenores sobre as alergias em causa ou os sintomas dos pacientes, apenas que "estão a recuperar de forma bastante satisfatória" e que os sinais de uma reação alérgica, de uma forma genérica, podem "incluir erupção cutânea com comichão, falta de ar e inchaço da face ou da língua".

As primeiras vacinas a serem ministradas no Reino Unido são as da farmacêutica Pfizer, cujos responsáveis garantiram uma eficácia da ordem dos 95%. É, também, a primeira vacina que deverá chegar a Portugal, no início de janeiro, e com a qual arranca o plano de vacinação. No total, está prevista a chegada de 4,5 milhões de doses ao longo dos próximos meses. Para que a distribuição das vacinas seja efetiva, terão primeiro de ser aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento, o que deverá acontecer na última semana deste mês. Para evitar novas reações adversas, todos os que se queiram vacinar no Reino Unido terão, desde ontem, de revelar o seu historial de alergias. A vacina só pode ser tomada em instalações onde existam meios de reanimação.

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Ontem foram publicados os resultados dos testes de uma outra vacina, a da AstraZeneca/Oxford, que também virá para Portugal. As conclusões, contudo, não foram completamente conclusivas ao nível da eficácia, pelo que é necessário investigar mais. Na corrida às vacinas, a da AstraZenaca/Oxford surgiu durante muito tempo na dianteira.

SAIBA MAIS

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milhões é o número de doses que deverão chegar a Portugal durante 2021 e primeiro trimestre de 2022. A primeira fase de vacinação deverá começar ainda em janeiro e abrangerá 950 mil pessoas. Na segunda fase, com arranque no segundo trimestre, serão vacinados 2,7 milhões de portugueses.

Para todos

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A vacinação vai ser universal e gratuita e decorrerá nos centros de saúde. O volume de vacinas adquiridas terá um custo para o Estado de 200 milhões.

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Enfermeiros contra vacina em farmácias

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A Ordem dos Enfermeiros reiterou ontem a necessidade de a vacinação contra a Covid ser realizada por enfermeiros em unidades de saúde face à possibilidade de ocorrerem reações alérgicas como as registadas em dois casos no Reino Unido. "Trata-se de uma vacina nova que, tal como a OE tem vindo a alertar, é geradora de potenciais reações adversas. Os espaços físicos para a administração de vacinas não podem ser, por exemplo, farmácias", diz a Ordem.

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