Há mais 30 mortes por coronavírus em Portugal. São já 687 vítimas mortais

Número de casos recuperados subiu para 610.

18 de abril de 2020 às 12:18
Graça Freitas Foto: Tiago Petinga/Lusa
Coronavírus Foto: EPA/Antonio Lacerda

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Subiu para 687 o número de mortos por coronavírus em Portugal, segundo informação avançada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) este sábado. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se mais 30 vítimas mortais nas últimas 24 horas.

No total estão 19685 pessoas infetadas, mais 663 face a sexta-feira. 5166 aguardam ainda pelos resultados laboratoriais.

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Até ao momento há 1253 pessoas internadas, das quais 228 se encontram em unidades de cuidados intensivos. O número de casos recuperados subiu para 610.

Segundo o boletim epidemiológico, a distribuição dos casos faz-se da seguinte forma: a região Norte tem 393 mortos e 11762 casos; a região Centro contabiliza 157 mortes e 2863 casos; já na região de Lisboa e Vale do Tejo são 124 as mortes registadas e 4438 pessoas infetadas; a região do Alentejo continua sem registar mortes e conta com 158 casos; a região sul, do Algarve, contabiliza nove vítimas mortais e 306 casos de Covid-19. O boletim regista ainda quatro óbitos nos Açores e 104 casos positivos de infeção. Já na Madeira não há registo de mortes, e o balanço deste sábado contabiliza 54 casos.

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Desde dia 1 de janeiro de 2020 que já foram registados um total de 162711 casos suspeitos.

A habitual conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (Covid-19) contou este sábado com a Ministra da Saúde, Marta Temido, e a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas.

Nesta conferência, Marta Temido recordou que entre 21 de fevereiro e 16 de março o número médio de infeção de uma pessoa para outras foi de 2,08. Neste momento esse valor encontra-se abaixo de 1. A ministra da Saúde disse que as medidas de confinamento ajudaram na descida da taxa de contágio, que está agora em 0,91. Ou seja, cada doente infeta em média menos de uma pessoa. Marta Temido revelou, por isso, que os dados permitem concluir que o pico de incidência de casos em Portugal ter-se-á situado entre 23 e 25 de março.

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A ministra da Saúde relembrou que ao longo do desenvolver desta pandemia se registou "uma quebra na procura de vários serviços de saúde" por parte de doentes não infetados. No entanto, Marta Temido garantiu estarem a ser tomados "todos os cuidados" e a ser "implementadas todas as medidas para os doentes não Covid-19 que precisem de utilizar o Serviço Nacional de Saúde". "Não há necessidade de os utentes terem receio", afirmou.

Embora o balanço apresente melhorias no que diz respeito à evolução da pandemia, Marta Temido recordou que ainda estamos numa fase de preocupação. "Erradicar o coronavírus não parece possível a curto-médio prazo", alertou a ministra referindo que os riscos da doença se mantém e que temos de estar preparados para eles. Marta Temido alertou que o país deve preparar-se para a possibilidade de "alternar períodos de maior contenção com fases de maior alívio".

"Isso terá de ser feito não porque nos enganámos na estratégia ou porque erramos, mas porque essa alternância, essa adaptação constante de comportamentos poderá mesmo ser o melhor caminho possível para todos", frisou a ministra da Saúde, Marta Temido, na conferência de imprensa diária sobre a pandemia no País.

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A governante notou que, "com esforço de todos, está a ser possível trazer o número de novos casos para níveis aos quais o Serviço Nacional de Saúde [SNS] tem conseguido responder", mas "o risco de recrudescimento mantém-se".

Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde, também presente na conferência, acrescentou que "melhorar a vigilância epidemiológica" é agora um dos principais objetivos a cumprir tendo em conta que se vai começar, em breve, a retomar a normalidade em sociedade.

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