Alunos prejudicados por falta de professores
Há turmas sem docentes desde o início do ano letivo. Regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve são as mais afetadas.
A carência de professores em Portugal, sentida especialmente a partir do 2º ciclo, está a prejudicar os alunos.
Uma reunião promovida este mês pela Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), em que participaram "811 dirigentes", concluiu que há "várias turmas" sem docentes desde o início do ano.
Os 9º, 11º e 12º anos são os que mais preocupam, devido aos exames nacionais. Quando há turmas destes anos sem professores, os diretores optam por ‘desviar’ um docente que esteja a lecionar 7º e 8º anos, por exemplo.
"A questão é que ao ajudar-se uns, prejudicam-se outros", explica Filinto Lima, presidente da Andaep.
Segundo o dirigente, a dificuldade em contratar ocorre "porque existem poucos professores". "Os cursos superiores de Educação Básica têm estado praticamente vazios", revela o presidente da Andaep, alertando que "as regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve são as mais afetadas pela carência".
Outra das razões apontadas para a carência de docentes nestas regiões do País é o custo de vida.
"Professores contratados e que ocupam horários incompletos ganham pouco dinheiro. Alguns nem chegam aos 800 euros. Tendo em conta que o preço de um quarto em Lisboa já ronda os 500 euros, o que é que sobra?", critica Filinto Lima.
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