Cães com frio e fome no canil municipal de Miranda do Corvo
Animais estão cercados por estacas e rede, a céu aberto.
Umas estacas com vedação em rede, fechada a cadeado e a céu aberto, é assim o canil municipal de Miranda do Corvo, que este domingo de manhã albergava nove cães, que foram alimentados e tratados por elementos da Condeixa Pa’tudos - Associação de Defesa Animal.
"Não acredito que isto seja um canil municipal", diz Olga Rute, presidente da Condeixa Pa’tudos.
"Não têm abrigos para chuva e vento, os animais não estão com chip, que já deveriam ter em nome da autarquia, não estão esterilizados, não há zona de quarentena nem espaço para o despiste de doenças, os animais andam aqui na lama. Isto é um caso até de saúde pública", acusa a defensora dos animais, que ontem de manhã chamou a GNR ao local e ligou ao vereador Rui Godinho, da Câmara de Miranda do Corvo.
O responsável pelo canil reconheceu "a falta de condições do espaço" e mostrou abertura para inverter a situação "com algumas alterações que podem ser feitas no imediato", disse ao telefone o vereador, que marcou para hoje uma reunião com esta associação para discutir o caso.
A água para os cães beberem, colocada em três baldes de tinta, estava em gelo, devido ao frio registado durante a madrugada e manhã.
"Os animais estavam desidratados e esfomeados. Nem uma taça de comida têm", acusa Maria Semião, que deu a conhecer o caso à associação.
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