Presidente do Conselho de Administração do Amadora-Sintra demite-se
Pedido de demissão foi anunciado em comunicado e já foi aceite pela ministra da Saúde.
O presidente do Conselho de Administração (CA) do Hospital Amadora-Sintra, Carlos Sá, apresentou esta segunda-feira a demissão, na sequência dos caso da grávida e bebé que morreram na sexta-feira e sábado, respetivamente. O anúncio foi feito em comunicado enviado às redações. A ministra da Saúde aceitou a demissão.
O Presidente da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra justificou o pedido de demissão, alegando dever ético e responsabilidade pessoal.
A decisão surge após um fim-de-semana de polémicas naquela unidade hospitalar. Ao caso da mulher grávida que morreu após ter sido mandada para casa horas antes, e que vinha sendo acompanhada no Amadora-Sintra, juntaram-se relatos de que os tempos de espera das urgências no sábado e domingo chegaram às 20 horas.
A juntar a isto, o facto de a versão apresentada pela ministra da Saúde na sexta-feira em audição parlamentar, onde negou que a mulher foi seguida naquela hospital, ter sido publicamente desmentida pela família da grávida, que apresentou documentos a comprovar que esta, de facto, foi acompanhada.
Em comunicado, o presidente do Conselho de Administração da ULS Saúde Amadora-Sintra afirma que se demitiu depois de uma "análise detalhada dos factos e circunstâncias relativos ao infeliz evento ocorrido na última semana envolvendo uma utente grávida assistida nesta unidade hospitalar".
Face às contradições, o presidente do CA do Amadora-Sintra tomou esta segunda-feira a decisão de colocar o lugar à disposição, "ciente do imperativo de transparência, responsabilidade e dever público valores que devem prevalecer em todas as circunstâncias", pode ler-se.
Carlos Sá afirma que a posição oficial manifestada na sexta-feira correspondia "integralmente às informações de que o Presidente do Conselho de Administração dispunha no momento da sua comunicação". De acordo com o presidente do CA cessante, só mais tarde foram descobertas "informações adicionais", que justificam as incongruências.
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