Vacina da Pfizer com autorização para a terceira dose. Moderna só para imunossuprimidos
Graça Freitas alerta que é "preciso dar um reforço à imunidade" contra a Covid-19.
A DGS informou esta sexta-feira em conferência de imprensa que a terceira dose da vacina contra a Covid-19 começará a ser administrada a pessoas com mais de 65 anos durante a próxima semana, sendo que a prioridade é vacinar as pessoas com 80 ou mais anos.
A Diretora-Geral da Saúde, Graças Freitas referiu que apenas as vacinas da Pfizer foram aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento e por isso, têm autorização para a terceira dose, sendo recomendado administrá-la seis meses depois da última dose.
Para os doentes imunossuprimidos é ainda possível levarem a terceira dose da vacina da Moderna, mas apenas para este grupo.
A dose de reforço da imunidade "destina-se, nesta fase, às pessoas com mais idade, porque há sempre esta associação entre o fator idade e o fator vulnerabilidade".
Graça Freitas refere que a população pode começar a receber mensagens para comparecer à vacinação da terceira dose "ainda hoje", mas que não vão ser inoculados "logo na segunda-feira".
Apesar de a vacinação contra a Covid-19 ser um sucesso em Portugal "que está entre os melhores países do mundo", Graça Freitas alerta que é "preciso dar um reforço à imunidade".
Ainda assim, para os doentes recuperados da Covid-19 "não há indicação de dose de reforço" e os especialistas permanecem a investigar a questão.
Relativamente à vacina contra a gripe que se iniciou no passado dia 27 de setembro, Graças Freitas já se registaram mais de 130 mil inoculações num ano em que o país tem mais vacinas do que nunca.
A Diretora-geral da Saúde e Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, referiram a importância de as pessoas terem uma proteção que se considere "ótima" durante o inverno, que é por norma um período mais complicado. Mesmo assim, foi dado o alerta de que as vacinas "da gripe não se destinam a toda a população, mas sim apenas para o grupo elegível".
Baltazar Nunes referiu ainda que nas vacinas contra a Covid-19 a efetividade para doentes sintomáticos tem decaído com o tempo, principalmente nos cidadãos com mais de 65 anos. "Temos verificado que a efetividade da vacina contra doença sintomática diminuiu para cerca de 30%, 40% ao fim de cinco meses", declarou.
A Direção Geral da Saúde (DGS) fez um ponto de situação, esta sexta-feira, sobre a vacinação contra a Covid-19 e a gripe em Portugal. A atualização foi feita através de uma conferência de imprensa que contou com a presença da Diretora-Geral da Saúde Graça Freitas e o responsável pela Investigação Epidemiológica do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Baltazar Nunes.
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