Empresas propõem pagar 2,5 milhões para vítimas de legionella
Arguidos tentam evitar que o processo chegue a julgamento.
As empresas Adubos de Portugal (AdP) e General Electric e outros sete arguidos no processo do surto de legionella de Vila Franca de Xira, de 2014, estão a tentar chegar a um acordo com algumas das vítimas. O objetivo é evitar que o processo, ainda em fase de instrução, siga para julgamento.
A proposta, de 2,5 milhões de euros, destina-se apenas às 73 vítimas que constam na acusação do Ministério Público e outras 58, que se constituíram assistentes no processo. Numa primeira fase a proposta das empresas terá sido recusada, uma vez que apenas abrangem 131 vítimas e não as restantes - mais de 280 - também afetadas.
Ao CM, o presidente da Associação de Apoio às Vítimas do Surto de Legionella de Vila Franca de Xira, Joaquim Perdigoto, defende que a indemnização deve ser paga a todas as vítimas.
"A AdP, com esta atitude, está a dar-se como culpada", diz Joaquim Perdigoto, sublinhando que a associação irá reunir "em breve" para decidir se irá avançar com o pedido de indemnização para a totalidade das vítimas do surto.
Está também prevista uma reunião entre o advogado das vítimas e a autarquia de Vila Franca de Xira para "averiguar a indemnização". O surto de legionella teve início a 7 de novembro de 2014. Afetou mais de 400 pessoas e provocou a morte de 12
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