Freguesia gerida a partir de França
Moradores recorrem à câmara para resolver problemas.
Há mais de dois anos que os moradores de Parada do Bouro, em Vieira do Minho, têm de recorrer à câmara municipal ou esperar que o presidente da junta regresse, em período de férias, para verem os seus assuntos resolvidos. É que, pouco tempo depois de ter sido eleito, António Batista Silva emigrou para França. É a partir de lá que gere os destinos da autarquia. O número dois da lista também trabalha fora e o tesoureiro já foi substituído no cargo. Quem mora em Parada de Bouro defende que a junta de freguesia deveria demitir-se.
"É uma junta-fantasma que envergonha os paradenses", atira Paulo Silva, morador e um dos membros da Assembleia de Freguesia. A população está descontente e já deu conta disso ao presidente da câmara. "As pessoas vêm diretamente ter connosco para resolver os seus problemas porque não conseguem contactar a junta", lamentou António Cardoso. O presidente da Câmara de Vieira do Minho recorda que foi ele próprio que resolveu os problemas ainda relacionados com o temporal da semana passada. Os moradores sentem-se desprotegidos. "Fomos enganados, porque ele, quando se candidatou, já devia ter a intenção de emigrar", atira José Rodrigues. António Correia diz que o presidente da autarquia local deveria demitir-se. "Desde as eleições que não temos junta. Se tivessem vergonha, demitiam-se todos."
A oposição exige o mesmo. "Não faz sentido uma junta destas manter-se em funções", defende Paulo Silva, eleito como independente.
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