Gebalis inicia novas obras de reabilitação em cinco bairros municipais de Lisboa por 11 milhões de euros
Bairros municipais Alta de Lisboa Centro, Sargento Abílio, Carlos Botelho, Rego B e Rego C, incluídos no programa de reabilitação Morar Melhor.
Os bairros municipais Alta de Lisboa Centro, Sargento Abílio, Carlos Botelho, Rego B e Rego C, na capital, foram incluídos no programa de reabilitação Morar Melhor, informou esta sexta-feira a Gebalis, prevendo um investimento de 11,33 milhões de euros.
As obras de reabilitação nestes cinco bairros municipais terão impacto em 66 lotes, 821 frações e cerca de 2.300 habitantes, indicou a empresa Gebalis - Gestão do Arrendamento da Habitação Municipal de Lisboa.
Estes cinco bairros municipais, designadamente Alta de Lisboa Centro, Sargento Abílio, Carlos Botelho, Rego B e Rego C, juntam-se agora aos restantes 28 bairros intervencionados no âmbito do Morar Melhor - Programa de Reabilitação dos Bairros, segundo a empresa municipal.
Lançado em junho de 2023, o programa Morar Melhor pretende a reabilitação de 33 bairros municipais, sendo que, com a inclusão destas cinco empreitadas, se encontra concluída a totalidade das adjudicações previstas, adiantou a Gebalis.
As obras neste âmbito têm de estar concluídas até 2026, dispondo de um orçamento total de 142 milhões de euros. Inicialmente, a Câmara de Lisboa determinou um investimento de 42 milhões de euros, mas, posteriormente, foi aprovado mais 100 milhões de euros, incluindo verbas comunitárias do PRR - Plano Recuperação e Resiliência.
Citado em comunicado, o presidente do Conselho de Administração da Gebalis, Fernando Angleu, salienta que o Morar Melhor é "um programa de reabilitação inédito nos bairros municipais de Lisboa", em que "a materialização vai muito além da ideia de 'bairro mais bonitos', contribuindo efetivamente para a melhoria da qualidade de vida dos moradores em matérias como o conforto térmico e condições de habitabilidade".
Estas cinco novas empreitadas que agora se iniciam pretendem, sobretudo, a conservação, reparação e restauro dos edifícios existentes, designadamente nos seus embasamentos, fachadas, coberturas, para melhorar as condições de salubridade e conforto, tendo em consideração o desempenho energético, térmico e ambiental.
As intervenções previstas nestes cinco bairros incluem as coberturas, fachadas, caixilharias, estores, sinalética, intercomunicadores, portas de lote e caixas do correio, adiantou a Gebalis.
O bairro Alta de Lisboa Centro, na freguesia do Lumiar, receberá obras de reabilitação em 14 lotes, o que corresponde a 311 frações, num investimento de 3,29 milhões de euros, estimando-se que a intervenção esteja concluída em oito meses.
No bairro Sargento Abílio, em Benfica, o programa Morar Melhor investirá 2,17 milhões de euros na reabilitação de 14 lotes, com 100 fogos habitacionais, numa obra com prazo estimado de nove meses.
Relativamente ao bairro Carlos Botelho, na freguesia do Beato, a Gebalis prevê um orçamento de 3,46 milhões de euros e um prazo de 15 meses para a realização das obras, que abrangem quatro lotes, com 261 fogos habitacionais.
Na freguesia das Avenidas Novas, no bairro do Rego B e C, as duas empreitadas vão avançar em 18 lotes, com impacto em 149 frações, resultante de um investimento de 2,39 milhões de euros, informou a empresa municipais.
O programa Morar Melhor, promovido entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Gebalis, começou no Bairro dos Alfinetes, em Marvila, tendo seguido para os bairros Padre Cruz (Carnide), Boavista (Benfica), João Nascimento Costa (Beato), Telheiras Sul (Lumiar), Rego (Avenidas Novas), Quinta dos Barros (São Domingos de Benfica), Quinta das Laranjeiras (Parque das Nações), Avenida de Berlim (Olivais), Quinta dos Ourives (Beato), entre outros.
Com o pelouro da Habitação e Obras Municipais, a vereadora Filipa Roseta (PSD) explicou, aquando aprovação de mais 100 milhões de euros para o programa Morar Melhor, em junho de 2023, que o total de 142 milhões de euros pretende "dar dignidade aos bairros municipais", indicando que esta verba faz parte do pacote de 800 milhões de euros que o município dispõe para intervir em habitação, sendo que o montante restante -- 658 milhões de euros-- é para continuar a apoiar todos os segmentos da população, nomeadamente a classe média, através da renda acessível.
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