Supremo condena juíza por peculato

Salinas usou dinheiro da Cruz Vermelha para pagar a advogada.

08 de janeiro de 2016 às 01:45
08-01-2016_01_37_30 18 joana salinas.jpg Foto: António Cotrim/Lusa
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Joana Salinas, juíza desembargadora da Relação do Porto, foi esta quinta-feira condenada pelo Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, a dois anos e seis meses de prisão, com pena suspensa, com a condição de entregar, no prazo de um ano, 5500 euros à Cáritas Diocesana do Porto.Os juízes conselheiros deram como provado um crime de peculato, por utilização de verbas da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) para pagar a advogados para lhe redigirem projetos de acórdãos.

A juíza e ainda presidente da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Matosinhos e do Porto, recusou prestar declarações aos jornalistas, tendo ficado por responder se se irá manter à frente daquela instituição e se apresentará recurso [no Pleno das Secções Criminais do Supremo]. Contactado pelo CM, o gabinete de relações públicas da CVP afirmou que não se pronunciará "até que seja analisada a sentença."

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O STJ também condenou pelo crime de peculato Alexandra Novais (advogada que redigia projetos de acórdãos de Salinas), a um ano de pena suspensa com a condição de entregar, durante esse prazo, 2 mil euros à Cáritas do Porto. Após leitura da sentença, o juiz presidente, Santos Carvalho, disse que "ao optarem por não dizer a verdade prejudicaram-se a si próprias."

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