Milhares de professores doentes são alvo de assédio moral pelas direções das escolas
Instituições não cumprem as recomendações da medicina do trabalho.
Há “milhares” de professores doentes a serem alvo de assédio moral pelas direções das escolas, que dificultam o acesso e não cumprem as recomendações da medicina do trabalho (MdT), garante Sofia Neves, da Associação Jurídica pelos Direitos Fundamentais (AJDF).
“Temos uma listagem de casos de 135 professores que entregámos no Parlamento em dezembro, mas há milhares de situações idênticas no País”, afirmou ao Correio da Manhã, sublinhando que se trata de casos de “assédio moral, de recusa de marcação de consulta de MdT e reavaliação da ficha de aptidão, e incumprimento de recomendações de caráter obrigatório sobre duração do horário letivo e distribuição de serviço”.
Numa reportagem do ‘Repórter Sábado’, do canal NOW, seis professoras com problemas de saúde mas que querem continuar a dar aulas denunciaram casos de assédio e incumprimentos de que foram vítimas, acusando as direções de as empurrar para baixas médicas. “Depois desta reportagem, muitas coisas vão mudar. Pessoas que tinham recusado dar a cara, agora já estão dispostas a dar”, rematou a dirigente.
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