Socorro em risco com greve dos trabalhadores do INEM
Ministério da Saúde contra greve de técnicos.
O Ministério da Saúde contesta a anunciada greve nacional às horas extras dos técnicos de ambulância de emergência do Instituto Nacional de Emergência Médica, com início marcado para as zero horas de amanhã. A tutela adiou sem data marcada a reunião de negociação sindical com os técnicos de emergência, marcada para 7 de julho.
Ao CM, fonte do gabinete de comunicação do Ministério da Saúde afirmou que a reunião foi adiada porque "não foi cancelada a greve". "O Ministério confia que até à última hora a greve seja desconvocada, porque é o socorro das populações que está em causa", sublinhou a fonte.
O Ministério afirma que o dispositivo de resposta à greve será "mantido e adaptado" se as circunstâncias o exigirem, para que o socorro à população nunca seja colocado em causa. Acrescenta que as negociações iniciadas para a criação de uma carreira específica para os técnicos de emergência serão retomadas quando a "greve for suspensa".
Miguel Guimarães, presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, diz esperar que a situação se resolva rapidamente, pois é o socorro que "está em risco". "Não consigo entender os contornos da situação, até porque não há greve nos Serviços de Urgência", sublinha ao CM
A decisão da greve foi tomada num plenário que reuniu 40 técnicos. "A decisão é de uma greve às horas extras por tempo indeterminado", afirmou ao CM Pedro Moreira, vogal do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência. Os técnicos defendem 35 horas semanais e melhores salários. Também ontem, a coordenadora da viatura médica de Évora, Ireneia Lino, demitiu- -se invocando razões pessoais.
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