Novas variantes da Covid-19 obrigam a produzir novas versões das vacinas

As chamadas variantes FLiRT são as variantes da Covid-19 com maior circulação este ano, segundo a Organização Mundial de Saúde. O nome é um acrónimo das localizações das mutações partilhadas na proteína 'spike' do vírus, relatou a agência Reuters. Uma delas, a chamada KP.2, tornou-se a variante com maior circulação nos Estados Unidos (EUA) em abril.As variantes FLiRT incluem a linhagem parental JN.1 e possuem três mutações principais para escapar dos anticorpos. O porta-voz da Sociedade de Doenças Infecciosas dos EUA, Aaron Glatt, constatou "mudanças significativas nas variantes", embora se registe um decréscimo do número de hospitalizações relacionadas com a Covid-19, "provavelmente por causa da imunidade que muitas, muitas pessoas já têm".A quantidade do antiviral (Paxlovid) prescrito para o vírus caiu cerca de 60% em comparação com o ano passado. Segundo Aaron Glatt, as vacinas atuais "ainda devem trazer algum benefício" contra as novas variantes.Em abril, o regulador europeu da saúde definiu a variante JN.1 como o alvo do fabrico de novas versões das vacinas. Nos EUA, os reguladores vão reunir-se com especialistas para discutir o projeto de vacinação, a 5 de junho.A Pfizer e a Moderna aguardam o veredito da reunião. Enquanto isso, a Novavax começou a produzir uma injeção direcionada ao JN.1, consistente com as recomendações dos reguladores europeus.