Obras invadem praias

Enchimento do areal da D. Ana, em Lagos, está atrasado.

06 de julho de 2015 às 01:00
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Três semanas após o prazo previsto para a conclusão do enchimento artificial da praia D. Ana, em Lagos, o areal continua transformado num estaleiro de obras.

Há máquinas ao lado dos toldos, tubos que lançam a areia – sugada a uma profundidade de 40 metros, a dois quilómetros da costa – mau cheiro e confusão. Parte do areal está interdito e os turistas queixam-se da situação em que se encontra aquela que era considerada a praia de falésias mais bonita do Mundo.

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"Era um paraíso, a água transparente, viam-se os peixinhos... Agora, nem tenho palavras para classificar o que encontrei. Está tudo destruído", conta Daniela Fialho, da Costa da Caparica. José Nascimento, concessionário da praia, tem esperança que o areal fique melhor, mas gostava de como era, "mais pequeno".

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As obras, a cargo da Agência Portuguesa do Ambiente, começaram em abril e representam um custo de 1,8 milhões de euros, visando proteger as arribas da erosão das marés. Há a promessa de conclusão a 10 de julho. Para Desidério Silva, presidente do Turismo do Algarve, "o impacto no turismo será muito reduzido" mas "é necessário programar estas obras para não coincidirem com a época alta".

Em todo o País, são mais de vinte as praias que estão em obras, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente. Uma delas é a da Adraga, em Sintra: as obras começaram em maio, devido ao perigo de derrocada das formações rochosas no areal, que colocavam em perigo a vida dos seus banhistas.

Durante esta semana, vão manter-se as temperaturas elevadas: Faro deve chegar hoje aos 31ºC, Lisboa aos 32ºC e as cidades do Interior deverão atingir os 40ºC.

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