A edição de hoje
Foram colocados 1123 docentes, mas há mais de 1700 em falta. Português e Informática são as disciplinas mais carenciadas.
140 mil alunos ainda sem todos os professores
A cerca de duas semanas do início do ano letivo (11 a 18 de setembro), ainda há 1742 horários de professores na plataforma de contratação de escola para serem preenchidos. Isto significa que quase 140 mil alunos estão ainda sem todos os docentes, com base numa estimativa (conservadora) de que cada docente dá aulas a 80 alunos. Cada horário a concurso representaria assim 80 estudantes com falta de professor, e multiplicando 80 pelos 1742 horários o resultado é 139 360. Segundo os dados dos concursos, divulgados pelo blogue especializado DeArLindo, as disciplinas mais carenciadas de docentes são Português, com 220 horários a concurso, Informática (209), 1.º ciclo (162), Matemática (131) e Geografia (108).
Estes dados batem certo com as recentes declarações do ministro da Educação a admitir que havia cerca de 3 mil horários por preencher, uma vez que nos últimos dias foram colocados 1123 professores através da primeira Reserva de Recrutamento. Destes docentes agora colocados, 495 são dos quadros do Ministério da Educação, enquanto os restantes 628 são contratados a prazo.
Em relação aos 495 professores dos quadros, o maior número de colocações foi no Litoral Norte. Houve 139 que ficaram no quadro de zona pedagógica (QZP) 9, que corresponde à área metropolitana do Porto (Porto, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos, Trofa, Maia, Valongo e Gaia), enquanto 30 ficaram no QZP 20 (Espinho, Feira, Arouca, S. J. Madeira, O. Azeméis e V. Cambra) e 29 no QZP 7 (Famalicão, Guimarães e Vizela).
Já quanto aos 628 contratados, o maior número de colocados (75) ficou no QZP 45, que corresponde à área metropolitana de Lisboa (Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira). Seguem-se 48 colocados no QZP 9, na área metropolitana do Porto, e 47 docentes que ficaram no QZP 46, na Margem Sul (Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo, Alcochete, Palmela, Sesimbra e Setúbal).
Resta saber quantos mais professores ficarão colocados até ao início das aulas e se serão suficientes para preencher os 1742 horários a concurso.
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