Houve doentes que esperaram 20 horas para serem atendidos.
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urgenciasamadora
A gripe veio revelar, mais uma vez, as fragilidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O cenário repete-se todos os anos, independentemente de os vírus da gripe em circulação atacarem com maior ou menor intensidade. Este ano, apesar de as autoridades de Saúde afirmarem que a epidemia foi menos agressiva, e de o ministro da tutela, Adalberto Campos Fernandes, ter vindo negar, no início do mês, que existisse caos nas Urgências, o facto é que houve doentes que esperaram 20 horas para ser atendidos e outros tantos que ficaram (e continuam) internados em macas, amontoados em corredores ou salas improvisadas.
O caos foi denunciado por doentes e profissionais de Saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros.
Para Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, "as fragilidades do SNS continuam a agravar-se". Segundo o responsável, " não chegando a verificar-se um período mais crítico, expõe-se assim o subfinanciamento do SNS, que resulta em condições de trabalho depauperadas, uma falta inaceitável de capital humano, equipamentos, dispositivos e materiais que urge resolver ".
À questão se estes episódios serviram para mostrar que os hospitais e os profissionais de Saúde do SNS estão sob pressão, o bastonário não tem dúvidas: "Sim."
Também para o vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros, Luís Barreira, os últimos dias "revelaram o desinvestimento gritante no SNS, que tem uma carência estrutural que depois se nota na assistência aos doentes e no desgaste dos profissionais".
Profissionais exaustos com caos nos hospitais
"Em 2016, os enfermeiros fizeram 2,18 milhões de horas extra e isto levava a que, em 2017, fosse necessário contratar pelo menos mil enfermeiros só para fazer estas horas", explicou o enfermeiro, acrescentado que " se com uma epidemia mais leve foi o que foi, imaginemos o que seria se atingisse picos mais elevados". Segundo este profissional, um em cada cinco enfermeiros está em exaustão com sintomas de stress. "O senhor ministro tenta camuflar a realidade", diz.
Pormenores
Capacidade de resposta
O bastonário dos médicos, Miguel Guimarães, defende que o SNS tem de ter capacidade de resposta efetiva às necessidades da população. E, no caso da gripe, além da ativação atempada dos planos de contingência, é urgente uma "estratégia de integração" de todos os cuidados de Saúde e reforço do capital humano.
Hospitais reagiram
Para o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, nesta época gripal os hospitais estiveram mais bem preparados, embora ainda se esteja aquém do que é necessário para os doentes.
Maior aposta no apoio aos idosos Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, defende uma aposta no apoio domiciliário aos idosos e nos lares para evitar idas às Urgências.
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