Sindicato Independente dos Médicos emitiu esta sexta-feira um pré-aviso de greve no serviço de anestesia do Hospital Fernando Fonseca.
1 / 3
Os médicos anestesistas do Hospital Amadora-Sintra marcaram uma greve de cinco dias que começa dia 19 deste mês, exigindo condições de segurança clínica e alertando que as escalas de urgência põem em causa a segurança dos doentes.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) emitiu esta sexta-feira um pré-aviso de greve no serviço de anestesia do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) das 20:00 de dia 19 de maio até às 20:00 de dia 24 de maio, sendo que os serviços mínimos estabelecidos para esta greve são superiores ao funcionamento normal daquele serviço na maior parte dos dias, salienta o secretário-geral do Sindicato, Roque da Cunha, em declarações à agência Lusa.
Um comunicado do sindicato enviado à Lusa refere que "há mais de um ano que os anestesistas" do Amadora-Sintra têm vindo a dar conhecimento à Ordem dos Médicos, aos sindicatos e ao conselho de administração do hospital "da existência de várias irregularidades e de carência que afetam com gravidade a boa prática da atividade clínica".
"O SIM tem denunciado a carência de recursos humanos do hospital Fernando Fonseca, tendo efetuado visitas ao hospital, tal como o bastonário da Ordem dos Médicos, e tem mantido reuniões com o conselho de administração sem qualquer solução apresentada por parte a entidade empregadora", refere o secretário-geral do sindicato.
O SIM considera lamentável que "se tenha de realizar uma greve para garantir a presença de um número mínimo de médicos num serviço de urgência do SNS", denunciando que as escalas de urgência "abaixo dos mínimos põem em causa a segurança dos doentes e dos profissionais".
Os anestesistas do Amadora-Sintra queixam-se ainda de "sobreposição de tarefas" que os colocam "sob incomportável pressão".
A título de exemplo, o SIM indica que "a grande maioria dos anestesistas" do Amadora-Sintra já ultrapassou em finais de abril o limite máximo de trabalho suplementar anual, um limite que a lei determina como sendo de 150 horas anuais.
Além disso, os anestesistas "continuam a ser escalados por períodos de trabalho de 24 horas consecutivas".
O Sindicato avisa ainda que colocar médicos internos (ainda em formação) nas escalas de urgência equiparados a especialistas "é indesejável", relatando que há situações de internos que são postos como segundo ou terceiro elemento numa urgência.
"É elevar ao máximo o risco de efetuar um procedimento que comprometa toda a sua carreira profissional", alerta o SIM.
A greve, segundo o sindicato, tem como objetivo exigir que a equipa de urgência tenha quatro elementos, todos especialistas, de forma a garantir a segurança clínica nas áreas de bloco operatório, bloco de partos, unidade de cuidados pós-anestésicos, reanimação intra-hospitalar e atividades fora do bloco operatório (como salas de TAC ou laboratório de hemodinâmica).
Através da paralisação marcada, os médicos exigem ainda a contratação de mais especialistas, para cumprir as recomendações da Ordem dos Médicos.
Outra das reivindicações é a de que a elaboração das escalas de urgência não contemple médicos a frequentar o internato equiparados a especialistas.
Em declarações à Lusa, o secretário-geral do SIM, Roque da Cunha, sublinha que durante um ano o sindicato e os médicos têm feito "várias diligências junto do conselho de administração", incluindo a realização de duas reuniões, sem que tenha havido qualquer "resposta objetiva".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.