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Ciclistas em vigília por vítimas das estradas em homenagem a grávida morta em atropelamento

Em homenagem a Patrizia Paradiso, de 37 anos, foi colocada uma bicicleta branca junto ao local do acidente.

04 de julho de 2021 às 10:13
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Ciclistas em vigília por vítimas das estradas em homenagem a grávida morta em atropelamento

Centenas de pessoas concentraram-se este sábado em várias cidades do País, em homenagem às vítimas de atropelamento. Em Lisboa, a iniciativa juntou ciclistas, em vigília, na avenida da Índia, onde há uma semana uma mulher, de nacionalidade italiana e que estava grávida de quatro meses, foi atropelada mortalmente. Em homenagem a Patrizia Paradiso, de 37 anos, foi colocada uma bicicleta branca junto ao local do acidente, onde foram depositadas flores.

A iniciativa foi organizada pelo ciclista que partilhou, nas redes sociais, a fotografia do carro e da bicicleta envolvidos no acidente. “O problema não é só da cidade de Lisboa, é transversal a todo o País. Há uma falta de sensibilidade dos automobilistas e um desrespeito em relação aos ciclistas. Vamos, por isso, criar um movimento para fomentar campanhas de sensibilização e alertar para o excesso de velocidade, pedindo, ao mesmo tempo, mais fiscalização aos condutores”, adiantou ao CM Américo Silva.

Mais do que reclamar por alterações à lei, os manifestantes pretendem que se cumpram as regras que já existem e sensibilizar os condutores para evitarem situações que coloquem os ciclistas em risco. Reclamam ainda dos projetos de mobilidade, anunciados em vários municípios, que nunca chegaram a sair do papel. As vozes de protesto ouviram-se, além de Lisboa, no Porto, em Leiria e em Faro.

“As cidades não estão preparadas para este género de transporte diário”, disse ao CM Hugo Alves, um dos promotores do protesto. “Isso coloca-nos problemas, mas também aos condutores. O que pretendemos é sensibilizar todos para o problema”, considerou. Em Leiria, o grupo de manifestantes era composto por duas dezenas de pessoas. Famílias inteiras, a maioria adultos acompanhados por crianças menores. “Temos receio”, admitiu Sandra Quental. “Temos de optar por andar nos passeios, porque na estrada as pessoas não reservam a distância mínima de segurança. Se por algum motivo uma pessoa escorregar, pode cair e ser atropelada”, apontou.

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