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Supremo liberta vítima de violência doméstica que quis matar marido em Portimão

Arguida tinha sido condenada a pena de prisão efetiva de cinco anos e nove meses. Cumpriu dois anos.

29 de julho de 2021 às 08:40
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Supremo liberta vítima de violência doméstica que quis matar marido em Portimão

A mulher de 67 anos que tentou matar o marido, de 74, com um machado, para defender a própria vida e a dos filhos e que tinha sido condenada, pelo Tribunal de Portimão, à pena de prisão efetiva de cinco anos e nove meses, foi mandada libertar pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que lhe baixou a pena para cinco anos. A mulher estava presa desde 28 de agosto de 2019.

Desde que casou, aos 20 anos, que a mulher era vítima de violência doméstica. Durante mais de quatro décadas, sofreu insultos, ameaças e agressões, em casa e em público. Até que, em agosto de 2019, o homem disse que a ia pôr, e aos dois filhos, fora de casa, em Portimão. "Vou arranjar uma arma e vão todos de rajada", afirmou. Bebeu três copos de vinho, insultou a mulher mais uma vez e foi dormir.

Foi então que a mulher foi buscar um machado e, com o marido a dormir, desferiu-lhe pelo menos sete pancadas na cabeça, na face e numa mão. Usou a parte traseira do machado. O homem sobreviveu mas sofreu lesões graves e ficou com sequelas. A condenação da mulher revoltou quem conhecia a situação.

O homem foi, aliás, também condenado por violência doméstica à pena de três anos de prisão suspensa. O acórdão do STJ, de 19 de maio passado, determinou a emissão do mandado de libertação da arguida e o fim imediato da prisão.

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