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Dor imensa no adeus aos “dois meninos de Gondomar”

Mãe dos dois jovens atletas foi sendo amparada pela família. Rute, viúva de Diogo Jota, seguiu sempre com a mão no caixão.

06 de julho de 2025 às 01:30
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Dor imensa no adeus aos “dois meninos de Gondomar”

A mãe de Diogo e André carregava no rosto uma dor sem fim, o desespero de quem viu partir dois filhos de forma trágica. Atrás das urnas, Isabel foi sempre amparada. Rute, a viúva de Diogo Jota, foi sempre com a mão em cima do caixão. A namorada de André Silva seguiu também apoiada pela família. No funeral realizado ontem na Igreja Matriz de Gondomar, centenas de pessoas despediram-se dos dois jovens jogadores de futebol, de 28 e 25 anos, que perderam na quinta-feira a vida num acidente em Zamora, Espanha. Uma cerimónia marcada pelo silêncio, que apenas foi interrompido por muitas palmas.

O mundo do futebol também se uniu à dor desta família. O agente Jorge Mendes esteve sempre ao lado dos pais, na despedida aos “dois meninos de Gondomar”. Também a equipa do Liverpool, onde Jota estava há cinco anos, esteve tanto no velório como no funeral. O treinador, Arne Slot, abandonou o cemitério em lágrimas. Uma dor que se estendia ainda aos jogadores do Penafiel, clube de André, e a Rúben Neves, o melhor amigo de Diogo Jota. Poucas horas depois de ter sido eliminado do Mundial de Clubes, nos EUA, o jogador do Al Hilal surgiu a carregar o caixão. “A vida juntou-nos e agora não nos pode separar, mais do que amizade, somos família”, tinha escrito nas redes sociais. Ao lado de Rúben Neves também surgiu o colega de equipa João Cancelo.

As cerimónias foram reservadas à família e amigos, mas foram muitos os desconhecidos que à distância assistiram à missa. Os corpos foram depois sepultados num jazigo de família. Ouviram-se também nesse momento muitas palmas.

“Foram dois irmãos que deixaram uma grande marca, o Diogo e o André nunca serão esquecidos”, dizia Paulino Neves, morador em Gondomar, que conhecia os dois irmãos desde crianças.

A missa de 7.º dia será realizada na quarta-feira.

Flores vindas de Liverpool 

O Liverpool - que vai pagar os restantes dois anos do contrato de Diogo Jota à família -, levou no sábado duas coroas de flores vermelhas, em forma de camisolas desportivas. Uma com o número 20 (envergado por Jota e que será “imortalizado”), outra com o 30 (que o irmão André Silva vestia no Penafiel).

E TAMBÉM

“Crianças sem pai”

José Mourinho não consegue focar-se apenas no jogador Diogo Jota. “Só penso nas crianças que vão crescer sem pai, na esposa que vai viver sem o amor da sua vida, nos pais que perderam dois filhos”, afirmou à CMTV. “Portugal perde um jogador importante, mas jogadores nascem todos os dias; Diogos e Andrés não”, indicou.

“Coração”

“Não consigo sequer imaginar a dor da família, da Rute, dos filhos, dos pais. A sua paixão, vontade e garra fez com que conseguisse triunfar na vida. O Jota ficará para sempre no nosso coração”, afirmou Bernardo Silva.

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