Da necessidade de "repensar o nosso passado" enunciada por Marcelo à "diversidade necessariamente complexa da História de Portugal" sublinhada por Costa-
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No dia em que Portugal comemora o 47.º aniversário do 25 de Abril de 1974, estas foram as frases que marcaram a comemoração.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República
"Nada como repensar o nosso passado quando o presente ainda é tão duro e o futuro é tão urgente"
"Que se faça história da história sem temores ou complexos mas sem transformar o que liberta em prisão de sentimentos"
"Mas que se não transforme o que liberta, e toda a revisitação, por mais serena liberta ou deve libertar, em mera prisão de sentimentos, úteis para campanhas de certos instantes, mas não úteis para a compreensão do passado, a pensar no presente e no futuro"
"Que o 25 de Abril viva sempre como gesto libertador e fundador da História. Que saibamos fazer dessa nossa história lição de presente e de futuro, sem alibis, nem omissões, mas sem apoucamentos injustificados, querendo muito mais e muito melhor. Não há, nem nunca houve um Portugal perfeito, como nunca houve um Portugal condenado. Há e haverá sempre um só Portugal, um Portugal que amamos e de que nos orgulhamos para lá dos seus claros e escuros, porque nós somos esse Portugal"
Ferro Rodrigues, Presidente da Assembleia da República
"Nestes 47 anos, Portugal soube transformar-se numa Democracia consolidada, num regime estável no desenho institucional que a Constituição de 1976 veio consagrar. (...) Alcançámos um Estado Social robusto e importantes níveis de progresso social e económico"
"Os titulares de cargos públicos e políticos têm de participar e decidir para aperfeiçoar a legislação sobre eles próprios, tendo como base as alterações concretizadas em 2019. Mas, atenção: não há donos da transparência, nem é aceitável nenhuma lógica que ponha os eleitos, os magistrados judiciais, os procuradores, como suspeitos à partida"
"Nas redes sociais, os promotores de falsas notícias, de ódio, de desinformação, de calúnias, de mentiras, contam-se por muitas centenas, e atingem milhões de alvos. As caixas de comentários de alguns órgãos, ditos de comunicação social, são um esgoto a céu aberto"
"Não é fácil combater o discurso simplista dos antidemocratas. Não é fácil combater a desinformação, a mentira, o medo. Mas sei, no entanto, que a democracia de Abril é suficientemente resiliente para resistir a esta investida, e robusta o suficiente para a combater"
António Costa, primeiro-ministro e líder do PS
"No discurso de hoje, o senhor Presidente da República teve a ocasião de sublinhar e enfatizar bem como há uma representação conjunta na diversidade necessariamente complexa da História de Portugal"
"Eu, a ouvi-lo, não pude deixar de me lembrar e de pensar que o país tem neste momento um Presidente da República que tem este percurso [filho de "alguém que foi ministro da ditadura" e deputado à Constituinte] e um primeiro-ministro que é filho de uma mulher e de um homem que lutaram contra a ditadura e contra o colonialismo"
João Cotrim Figueiredo, Iniciativa Liberal
"Queremos celebrar uma data da qual ninguém se pode apropriar. A esquerda sectária, do alto da sua arrogância moral e intelectual, acha que é dona do 25 de Abril. E a direita ambígua permite-o por falta de comparência. A iniciativa Liberal diz presente"
"Portugueses de todas as idades sentem que o sistema lhes está a falhar. Têm razão. Ninguém é responsabilizado por atos de incompetência, negligência ou compadrio, enquanto a justiça é lenta e parece estar sempre ao lado dos poderosos"
André Ventura, deputado do Chega
"Hoje, os cravos vermelhos deviam ser substituídos por cravos pretos porque é o luto da nossa democracia que hoje devíamos estar a celebrar"
Mariana Silva, deputada do Partido Ecologista "Os Verdes"
"É preciso continuar a colorir o futuro, com tudo o que ainda ficou por fazer"
André Silva, deputado do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN)
"[Portugal está] capturado por interesses instalados que enclausuram a democracia na bolha das opções políticas do Bloco Central e que, tantas vezes, servem apenas algumas pessoas ou grupos, gerando a desilusão e a revolta social que abrem espaço ao oportunismo que vende o ódio, o medo e a institucionalização da discriminação como remédios para curar esta Democracia doente"
Pedro Morais Soares, deputado do CDS-PP
"Importa que o Estado não ignore o sentimento generalizado de descrença dos portugueses, muitas vezes justificado, relativamente à justiça"
Beatriz Gomes Dias, deputada do Bloco de Esquerda
"Abril também não se cumprirá cabalmente enquanto não encararmos de frente a corrupção. A corrupção é o cimento da injustiça económica e da desigualdade. Ela mina a democracia, corrói a justiça e ameaça a coesão social"
Rui Rio, deputado e líder do PSD
"Infelizmente, grassa hoje entre nós um claro sentimento de impunidade, seja relativamente aos mais poderosos, seja no que concerne ao próprio sistema judicial, que se autogoverna com evidente défice de transparência"
"Quando a Justiça não é feita em tempo útil, pura e simplesmente, não é Justiça"
"Celebrar o 25 de Abril tem de ser, antes do mais, defender a democracia, identificando as suas fragilidades e apontado caminhos para o seu fortalecimento. Mais do que repetir palavras que já nada acrescentam, a evocação do 25 de Abril deve ser um contributo realista para rasgar horizontes e dar esperança aos portugueses"
Alexandre Quintanilha, deputado do PS
"Ou nos ajudamos mutuamente ou naufragamos todos juntos. É essa também a lição da pandemia. A emergência climática, as desigualdades obscenas, as novas e antigas doenças, a insegurança laboral, a transição demográfica e os conflitos armados não podiam ser mais evidentes"
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