A edição de hoje
Tratamento da dor crónica essencial para controlo da própria doença.
É considerada pela Organização Mundial de Saúde uma emergência mundial, já que pode afetar entre 60 a 80% dos doentes com cancro, nomeadamente, na fase mais avançada da doença. As causas da dor oncológica podem estar diretamente relacionadas com o desenvolvimento do cancro ou com o tratamento da própria doença, como a radioterapia e a quimioterapia. Em ambos os casos, o sofrimento é real, incapacitante, mas pode ser tratado ou até evitado.
"O tratamento da dor é importante para o controlo da própria doença. É como num incêndio: uma pessoa que está em casa e tem um pequeno incêndio na cozinha não vai ficar de braços cruzados e só chamar os bombeiros quando o prédio estiver consumido pelas chamas. Na dor crónica, e com os períodos de agudização, é necessário atuar o mais rapidamente possível", alerta Beatriz Craveiro Lopes, diretora da Unidade da Dor do Hospital Garcia de Orta, em Almada.
"Em 90% dos casos, as soluções nem sempre são complicadas. Depois, há uma margem de 8 a 10% dos doentes que necessitam de métodos mais especializados", como psicologia clínica, psicomotricidade ou radiofrequência, disponíveis na Unidade da Dor do Garcia de Orta, que em 2015 assinala 23 anos.
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