Presidente da ACOS defende que a quota atual "é manifestamente insuficiente".
O presidente da ACOS -- Agricultores do Sul, de Beja, chamou esta quinta-feira a atenção para "a necessidade do aumentar a disponibilidade de água" no Alqueva para a agricultura, afirmando que a quota atual "é manifestamente insuficiente".
A atual quota disponível para a atividade agrícola no Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA) "é manifestamente insuficiente para acomodar a expansão da área de regadio atualmente em desenvolvimento", disse Rui Garrido.
O dirigente associativo falava na sessão de abertura da 37.ª edição da feira agropecuária Ovibeja, que a ACOS organiza e que arrancou hoje, em "versão digital", na cidade de Beja.
Segundo Rui Garrido, é estimado "que o regadio de Alqueva venha a beneficiar cerca de 200 mil hectares num futuro próximo", o que, à quota disponível atualmente, "significa uma dotação de rega inferior a 3.000 metros cúbicos [de água] por hectare".
Esta situação, apontou, faz perigar "algumas culturas permanentes já instaladas" e limita "seriamente o leque das opções de outras a instalar".
Na sua intervenção, o presidente da ACOS frisou que a agricultura da região forma "um mosaico cultural bastante diversificado e equilibrado", tendo "futuro".
"Ao contrário do que muitos apregoam, mais baseados em crenças do que em conhecimentos técnicos e científicos, a agricultura moderna tem futuro e tem de ser praticada utilizando conscientemente todos os recursos disponíveis", acrescentou.
Rui Garrido destacou ainda o papel "fundamental" da agricultura durante o atual período pandémico, garantindo a "soberania alimentar".
"[Esta atividade] nunca parou nem gerou desemprego, embora por vezes com algumas dificuldades em setores que sofreram quebras de consumo e de preços bastante significativas", afirmou.
Também o presidente da Câmara Municipal de Beja, igualmente presente na sessão de abertura da feira, elogiou a prestação dos agricultores durante a pandemia de covid-19.
"A agricultura, ao longo deste ano, tem desempenhado um papel vital, nem sempre enaltecido como deveria ser", considerou Paulo Arsénio (PS).
O autarca alentejano acrescentou que a Ovibeja "é o principal evento da região" e "aquele que mais nome dá a Beja", aplaudindo a capacidade do certame em conseguir estar, ao fim de 37 anos, "na vanguarda daquilo que é uma feira de grande qualidade."
A sessão de abertura da Ovibeja contou ainda com uma mensagem, gravada em vídeo, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A edição de 2021 da feira agropecuária Ovibeja, organizada pela ACOS -- Agricultores do Sul e que costuma decorrer no Parque de Feiras e Exposições de Beja -- Manuel Castro e Brito, arrancou hoje em formato digital.
A iniciativa decorre até esta sexta-feira e, através do 'site' www.ovibeja.pt, proporciona um roteiro tridimensional (3D) pelos espaços habituais da feira.
A versão digital da Ovibeja, cujo tema é "Agricultura ConsCiência", para debater a atividade agrícola enquanto "setor sustentável e apoiado em dados científicos", vai "oferecer" igualmente, à "distância de apenas um clique", gastronomia, competições, 'masterclasses', espetáculos musicais ou debates.
O último dos debates, na sexta-feira, a partir das 16:30, será encerrado pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.
A música é outro dos destaques da Ovibeja em 2021, com o espetáculo OviCante, que esta quinta-feira, pelas 19:00, vai juntar em palco Buba e Eduardo Espinho, Luís Trigacheiro, João Maria Baião e Miguel Costa, Ana Sofia Varela, Bruno Chaveiro, Jorge Benvinda e Jorge Serafim.
Na página de Internet da feira será possível assistir a eventos em diretos e a apontamentos de reportagem efetuados pela TV Ovibeja.
CYMP (RRL) // EA
Lusa/Fim
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