A influência do ser humano no mundo está a refletir-se na evolução das espécies. Desde árvores a encolher a elefantes sem presas, a vida selvagem encontra formas de sobreviver.
Num mundo dominado pelos humanos, os animais tornam-se presas do Homem, nomeadamente por valor comercial. Quando a procura humana se torna desmedida, a ‘mãe natureza’ encarrega-se de regular o Mundo – mesmo que a mudança seja pouco lucrativa para o Homem.
Os exemplos são vários: Conhecida pela sua durabilidade, o mogno ou ‘Swietenia mahagoni’, espécie de madeira da Caraíbas, tornou-se sinónimo de luxo. E com a fama, vem a procura. Mais de 70% das maiores árvores desta espécie, outrora pilares dos ecossistemas das florestas tropicais, foi devastada desde a década de 1970. Com o corte destas espécies, a reprodução do seu diverso fundo genético, que promovia o seu crescimento, não se realizou. No século XXI, “os mognos permanecem abundantes, mas diferentes”, afirma a Malin Rivers da Botanic Gardens Conservation International, uma organização não-governamental do Reino Unido, que estuda o ambiente. “Estas árvores mais novas já não apresentam a grande forma imponente da ‘Swietenia mahagoni’ comercial e nunca chegará às alturas que trouxeram fama à espécie”, explica Rivers. Dos exemplares que, em tempos, alcançaram os 20 metros de altura, “hoje existem só árvores mais pequenas, semelhantes a arbustos com pouco valor comercial”.
Já em Moçambique, os elefantes da savana africana contrariam os caçadores das suas presas. Durante a guerra civil no país, o número de elefantes diminuiu cerca de 90% no Parque Nacional da Gorongosa. Com a população da espécie a recuperar, bastantes fêmeas de elefantes cresceram sem presas, uma vez que estes animais são menos prováveis de serem atacados. Os dentes gigantes, utilizados para cavar a terra, adquirir comida e autoproteção tinham, para o homem, um valor médio por quilo na ordem dos 330 dólares (cerca de 320 euros). Sem as presas, desaparece a motivação comercial e, portanto, diminui-se a caça. Tanya Smith, da World Wide Fund, considera a situação “uma trágica adaptação em resposta à pressão devastadora da caça em décadas”. Smith afirma ainda que este é “um exemplo desastroso de como a pressão humana pode significar a perda de algo que torna os elefantes tão icónicos”.
Por sua vez, os caracóis que vivem em centros urbanos estão a adaptar-se ao clima cada vez mais quente. Quando está calor, o ser humano liga o ar condicionado e os caracóis criam cascas mais claras. Este método de auto refrescamento foi identificado por cientistas dos Países Baixos, a partir de milhares de fotografias. As cascas dos caracóis passaram de tons castanho escuro para amarelo pálido. O professor Menno Schilthuizen, biólogo holandês afirma que “os caracóis dentro de cascas escuras tendem a aquecer mais, arriscando a morte por hipertermia”, ou seja, temperatura corporal demasiado elevada. Schilthuizen diz ainda que “provavelmente, a cor pálida da casca mantém os caracóis frescos o suficiente nos dias mais quentes na cidade”.
Um estudo publicado em 2013 revelou também que as andorinhas do Nebraska desenvolveram asas mais pequenas devido ao risco de acidentes com carros. O tamanho reduzido das asas tornam o animal mais ágil, capaz de se desviar dos carros com maior facilidade do que os pássaros com asas maiores.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.