Electrão lançou uma campanha de sensibilização para a separação de embalagens.
Com o título "atrasados ambientais" a associação de gestão de resíduos Electrão lança, esta segunda-feira, uma campanha de sensibilização para a separação de embalagens, expondo o atraso do país na reciclagem desses resíduos.
Em forma de alerta e recorrendo ao humor, a Electrão pretende alertar para o que chama, em comunicado, "cenário preocupante", com os números a indicarem que Portugal vai falhar a nova meta europeia de reciclagem de embalagens, que teria de ser cumprida a partir deste ano.
No ano passado, 2024, foram encaminhadas para reciclagem 477 mil toneladas de embalagens, o que correspondeu a uma taxa de retoma de 58,6%, cumprindo a meta de 55% fixada para esse ano, indica a associação no comunicado.
Mas este ano, acrescenta, até ao final de novembro, as quantidades de embalagens enviadas para reciclagem totalizaram aproximadamente 493 mil toneladas.
"Mantido este ritmo, a taxa prevista para o final do ano é de 61% (a rondar as 550 mil toneladas), ficando abaixo da nova meta de 65% imposta por Bruxelas, apesar do reforço do investimento na recolha e triagem", alerta a Electrão.
A associação nota também que as metas para 2030 já estão definidas e exige-se um mínimo de 70% de reciclagem global de embalagens até ao final da década, "o que implicará para Portugal um esforço acrescido e continuado ao longo dos próximos anos para recuperar o atraso".
Citando dados do Eurostat a associação aponta o 21.º lugar de Portugal no 'ranking' da taxa de reciclagem de embalagens, abaixo da média da União Europeia.
E alerta para outra fragilidade do país, a gestão de resíduos urbanos.
"Com valores em torno dos 30%, Portugal continua muito abaixo da média da União Europeia na reciclagem de resíduos urbanos, que é próxima dos 50%", recorda.
"Estamos com metas mais exigentes, mais embalagens a entrar no mercado, aterros perto do limite e um crescimento muito tímido das taxas de reciclagem. Em linguagem simples, estamos atrasados em relação à Europa e atrasados em relação às obrigações que assumimos. Se não acelerarmos agora, não será apenas a meta de 2025 que fica em risco, todo o caminho até 2030 fica comprometido", alerta Pedro Nazareth, diretor do Electrão, citado no comunicado.
É por causa desse atraso que surge a campanha "Atrasados ambientais", que parte do facto de Portugal estar atrasado em matéria de reciclagem.
"A opção foi usar humor e um certo desconforto saudável para pôr o tema na mesa (...). Se o facto de Portugal não estar no grupo da frente na reciclagem ferir um pouco o nosso orgulho, tanto melhor", diz também Pedro Nazareth.
A campanha vai estar em filmes para televisão e meios digitais com momentos do quotidiano que mostram depois o comportamento incorreto de não separar as embalagens, sublinhando que é a soma de gestos incorretos que faz de Portugal "um país de atrasados ambientais".
Nas rádios sublinha-se o absurdo de se continuarem a deitar embalagens no lixo indiferenciado enquanto o país falha metas e esgota aterros.
A associação sublinha no comunicado que na expressão "atrasados ambientais" o alvo não são pessoas nem grupos específicos mas "comportamentos que ficaram para trás num momento em que o país já não se pode dar ao luxo de continuar a falhar metas europeias e a enviar para aterro resíduos que podiam ser recursos".
A campanha vai estar também nas redes sociais e em mupis (painéis publicitários como os colocados em paragens de transportes públicos).
O Electrão -- Associação de Gestão de Resíduos é uma entidade responsável por três dos principais sistemas de recolha e reciclagem de resíduos: embalagens, pilhas e equipamentos elétricos usados. Gere uma rede de recolha de equipamentos elétricos e pilhas usadas com mais de 15.300 locais de recolha em todo o país e é também responsável pela reciclagem de embalagens.
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