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Associações exigem fecho de Almaraz

Alertam para a proximidade com Portugal e os possíveis riscos de acidente.

17 de setembro de 2016 às 09:31

O Conselho de Segurança Nuclear espanhol revelou que a central de Almaraz, localizada a cerca de 100 quilómetros de Portugal, usa peças produzidas numa fábrica com irregularidades nos dossiês de controlo de qualidade.  

Na prática, estas irregularidades consistem "em discrepâncias, modificações ou omissões nos parâmetros de fabricação ou nos resultados dos ensaios obtidos, e que não estavam refletidas nos ‘dossiês’ de fabricação dessas peças", indicou o Conselho de Segurança Nuclear (CSN), que garante que não constituem motivo para as retirar de funcionamento.

Para Nuno Sequeira, dirigente da associação Quercus, é "mais um sinal da fragilidade" e "perigo" na central localizada junto ao rio Tejo. O ambientalista defende um plano de desmantelamento da infraestrutura. Já a associação ecologista Greenpeace apela para que as autoridades políticas de Espanha não "prolonguem a vida das centrais nucleares" e reforça que se devem manter os mais "apertados controlos de segurança".

A proximidade da central nuclear com Portugal deveria, defende Nuno Sequeira, ser uma preocupação para o governo português, e que este devia tomar  "medidas corajosas e firmes face a Espanha".

"Caso ocorra um acidente grave, quer por contaminação das águas, uma vez que a central se situa numa albufeira afluente do rio Tejo, quer por contaminação atmosférica, o País não está minimamente preparado para o cenário" alerta o ambientalista, que defende como única solução para a infraestrutura o seu encerramento imediato

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