Restantes idosos e profissionais em isolamento profilático.
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O presidente da Câmara de Vila Real alertou esta terça-feira para o caso "extraordinariamente preocupante" de 20 utentes e funcionários do Lar Nossa Senhora das Dores infetados com o vírus da covid-19, obrigando ao isolamento profilático dos restantes idosos e profissionais.
"Perante a gravidade desta circunstância estamos a avaliar acionar o plano municipal de emergência e, caso isso aconteça, a Segurança Social, a instituição e a Câmara Municipal ajudarão a tentar encontrar solução para que esta determinação se cumpra", afirmou Rui Santos à agência Lusa.
O primeiro caso positivo nesta instituição particular de solidariedade social (IPSS), que fica no centro histórico da cidade, foi detetado no domingo, tratando-se de um doente oncológico.
Segundo o autarca, nesse mesmo dia foi "solicitada a realização de testes a todos os funcionários e utentes", no entanto, referiu que "foram apenas testados os que apresentavam sintomatologia".
Rui Santos disse que foram "testados 15 utentes, dando 13 positivos, e profissionais, dando sete positivos".
A Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Marão e Douro Norte, determinou hoje o isolamento dos restantes 59 utentes e 50 profissionais, incluindo um funcionário que aguarda resultado do teste que foi realizado pelo INEM.
O autarca considerou que passando todos os funcionários para isolamento profilático, "implica o abandono dos utentes".
"Isso não pode acontecer. Defendo que estes utentes sejam transferidos, logo que seja possível, para o Hospital Militar do Porto, à semelhança do que aconteceu no lar de Vila Nova de Famalicão. Esta é a única alternativa que eu hoje vejo para que esta determinação seja cumprida", frisou.
A transferência dos utentes é, segundo o presidente, "um modelo que foi testado, funcionou, que foi encontrado para a população do Litoral" e, por isso, espera que "no Interior tenham os mesmos direitos".
No concelho de Vila Real, estão contabilizados hoje 25 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus.
Rui Santos defendeu que Vila Real "deve ter um centro de rastreio à covid-19".
"Somos o centro geodésico do Norte, estamos equidistantes de quase todas as cidades do Norte, temos uma população idosa e agora a acrescentar os emigrantes, que entretanto chegaram, e acho que é inconcebível como há tanta preocupação no Litoral e não há preocupação em colocar aqui um centro de rastreio", salientou.
Relativamente à questão do regresso de muitos emigrantes ao território, o autarca defendeu que o Exército deveria estar a prestar apoio no controlo, já que a GNR, fruto das suas próprias medidas de contingência, tem menos militares na rua.
Rui Santos afirmou que o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e o ACES "têm feito o possível e o impossível por dar resposta às solicitações", mas quanto à Administração Regional de Saúde (ARS) Norte considerou que "funciona apenas como travão a todas as soluções que vão sendo arranjadas" e que o presidente da ARS "desapareceu em combate".
A Câmara de Vila Real conseguiu, através de contactos particulares, arranjar "cerca de 300 viseiras" que serão entregues aos bombeiros e ao CHTMAD.
E fez também na Alemanha, segundo Rui Santos, uma encomenda de 3.500 mascaras, através de um contacto também particular, que serão destinadas para os bombeiros e forças de Proteção Civil.
"Lamentamos que mesmo na importação, porque a nível nacional não há, ainda tenhamos de tratar de questões de desalfandegar esse equipamento e pagar as respetivas custas ao Estado central, quando aquilo que estamos a tratar é de substituirmo-nos ao Estado", apontou.
Em Portugal, há 33 mortes, mais sete do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira.
Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 499 mortes (41.511 casos).
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