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Câmara de Leiria recusa aumentar tarifa do lixo ao valor da ERSAR

Tarifa irá aumentar 44%, o que se traduz em 3,21 euros na fatura de uma família que tenha "um consumo médio de 10 metros cúbicos".

29 de dezembro de 2025 às 21:51

A Câmara de Leiria anunciou esta segunda-feira um aumento da tarifa de resíduos urbanos para 2026, que fica abaixo do que sugeria a ERSAR, suportando o município a diferença de cerca de um milhão de euros.

A deliberação discutida em reunião de Câmara indica que a tarifa irá aumentar 44%, o que, segundo explicou o vereador com o pelouro dos Resíduos Sólidos Urbanos, Luís Lopes (PS), se traduz em 3,21 euros na fatura de uma família que tenha "um consumo médio de 10 metros cúbicos".

"Ainda assim, o município vai suportar cerca um milhão de euros no valor associado aos resíduos, porque entendemos que não é correta a forma como os operadores em alta têm exercido a sua aplicação, nomeadamente o plano de investimento, porque refletem tudo o que é investimento sobre as tarifas a aplicar aos municípios", sublinhou Luís Lopes.

O autarca afirmou que, de 2022 até 2026, a Câmara de Leiria teve um "acrescimento de 110% na tarifa".

"O que a ERSAR [Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos] vem dizer é que os municípios devem aplicar diretamente no poluidor-pagador, o que os seis municípios servidos pela Valorlis têm votado sempre contra", observou.

Segundo Luís Lopes, a autarquia tem assistido a "uma subida abrupta das tarifas que são aplicadas aos municípios, algo que tem acontecido pelo país todo".

Em 2022, a Câmara de Leiria pagou 37,9 euros por tonelada, para 2026 está previsto o valor de 78,85 euros e já foi aprovado pela ERSAR o valor de 80,51 euros para 2027, concretizou o vereador.

"Temos insistido com a Valorlis, através do seu plano de investimentos, que procure outro tipo de investimento que compense a despesa que tem, de forma que seja refletida na tarifa que aplica aos municípios. Um exemplo, que vai avançar a curto prazo, é a introdução de biometano na própria Valorlis e que a venda deste biometano, que tem proveito económico, seja refletida sobre a tarifa. Isto é o que estamos a propor, mas nada garante que quem gere a Valorlis o faça", realçou Luís Lopes.

Os vereadores do PSD e do Chega concordaram em não refletir na fatura dos consumidores o aumento que a ERSAR sugeria à autarquia.

A Valorlis, empresa de valorização e tratamento de resíduos sólidos, é participada pela EGF -- Empresa Geral de Fomento e pelos municípios de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós, estes da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Leiria, e de Ourém, no distrito de Santarém.

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