"Não podemos ignorar a realidade e todos nós andamos pela rua", afirmou Carlos Moedas.
O presidente da Câmara de Lisboa defendeu esta quarta-feira que as dificuldades na recolha do lixo só podem ser colmatadas "em conjunto" com as 24 juntas de freguesia, que dispõem este ano de 10,2 milhões de euros para a higiene urbana.
"Não podemos ignorar a realidade e todos nós andamos pela rua e as nossas conversas com os munícipes e com os fregueses é que há muitas dificuldades, dificuldades na recolha do lixo em Lisboa, e é perante essa realidade que temos que agir", declarou Carlos Moedas (PSD), referindo que o município e as juntas de freguesias têm de trabalhar "juntos" para resolver os problemas na higiene urbana.
O presidente da Câmara de Lisboa falava no âmbito da assinatura dos contratos interadministrativos e de delegação de competências relativos à higiene urbana, "que permitirão transferir este ano ainda 10,2 milhões de euros para as juntas de freguesia".
"Estou seguro que estamos a entrar numa nova etapa desta nossa relação entre a câmara municipal e as juntas de freguesia, mas, acima de tudo, numa nova etapa de um compromisso comum à cidade: a limpeza e a higiene urbana", afirmou o autarca do PSD, perante a presença dos 24 presidentes de juntas, destacando o compromisso de todos, apesar das diferenças partidárias, para melhor servir os lisboetas e quem visita a cidade.
Carlos Moedas reconheceu o atraso na assinatura destes contratos e prometeu que, nos próximos anos, a câmara municipal será "mais célere", referindo que, desde a tomada de posse do atual executivo camarário, em outubro de 2021, foi possível encontrar um espaço orçamental de 18 milhões de euros para a higiene urbana, em que se incluem os 10,2 milhões para este ano e 7,8 milhões referentes ainda a 2021.
O autarca disse que a câmara municipal está a fazer "um esforço enorme" nesta área, indicando que a cidade de Lisboa "produz por dia 900 toneladas de lixo e de resíduos, portanto é muito difícil" responder às necessidades.
"Nós sabemos que as falhas existem, mas nós só conseguimos colmatar essas falhas em conjunto e essas falhas só podem ser colmatadas quando nós conseguirmos realmente trabalhar para os munícipes, não a freguesia ou a câmara municipal, mas juntos", reforçou o social-democrata.
O presidente da câmara manifestou "um agradecimento profundo" aos trabalhadores da higiene urbana, que "são os primeiros na linha da frente, são eles os primeiros que querem oferecer a Lisboa e aos lisboetas uma cidade limpa", mas que têm tido "muitas angústias" face às dificuldades.
"Lanço hoje [quarta-feira] aqui, realmente, algumas outras soluções também de curto prazo, porque nós temos de ter soluções aqui de curto prazo", anunciou Carlos Moedas, referindo-se à contratação de 160 cantoneiros e de mais 30 motoristas para a área da higiene urbana, assim como a necessidade de "aumentar as equipas de sensibilização e fiscalização da deposição de resíduos" e de renovar a frota de viaturas.
Lembrando a reivindicação dos trabalhadores quanto ao subsídio complementar de insalubridade e de penosidade, o autarca reconheceu que esse é um direito que têm, pelo que o executivo camarário respondeu "imediatamente", o que representa nas contas deste ano do município "mais um milhão de euros".
"Precisamos de ir mais longe, portanto também deixo aqui hoje [quarta-feira] um convite aos trabalhadores para nos sentarmos e para pensarmos em novas soluções para os problemas que ainda temos", desafiou o presidente da câmara, reconhecendo os trabalhadores da higiene urbana como "os primeiros embaixadores da perceção da cidade", que, neste momento, "não está limpa" e que regista problemas na recolha do lixo.
Com a presença de vereadores das diferentes forças políticas que integram o executivo camarário, o social-democrata assegurou aos presidentes de juntas que a câmara vai "fazer tudo" para que o problema do lixo seja resolvido e para que Lisboa esteja "cada vez mais limpa", reforçando que "não há diferenças políticas no que toca à limpeza da cidade".
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