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Câmara de Vila Nova de Gaia põe fim a isenção de pagamento de taxas pela Metro do Porto

Luís Filipe Menezes já tinha dito que iria exigir indemnizações à Metro do Porto pelos prejuízos causados pelas obras.

18 de novembro de 2025 às 17:46

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, anunciou esta terça-feira que "acabou" a isenção do pagamento de taxas pela Metro do Porto no concelho.

A Câmara de Gaia "tem isentado em milhões e milhões de euros a Metro do Porto do pagamento de taxas. Acabou. Acabou. Toda a gente tem que pagar taxas. Seja empresas privadas, seja empresas públicas. E esses milhões de euros servirão, por exemplo, para arranjar estradas, para arranjar caminhos", disse o autarca.

"A Câmara quando faz determinado tipo de iniciativas, paga taxas. Portanto, a Metro do Porto também vai pagar as taxas. Já contabilizámos um valor de cerca de 30 milhões de euros que foram perdoados à Metro", acrescentou.

Segundo o autarca, "ainda ontem [segunda-feira] veio um novo pedido de perdão que não foi aceite", acrescentou.

"Eu penso que a empresa Metro do Porto tem que negociar connosco algum ressarcimento, não vamos espoliar, esmifrar a empresa, mas vamos tentar que seja justa connosco e, eventualmente, com a própria cidade do Porto também, onde há obras", afirmou.

Já na sexta-feira, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia tinha avançado que iria exigir indemnizações à Metro do Porto pelos prejuízos causados pelas obras, que se acentuaram com o mau tempo que se tem feito sentir no país.

Numa publicação nas redes sociais, Luís Filipe Menezes referiu que estão em causa "obras mal coordenadas e sem fiscalização", apontando responsabilidades à empresa de transportes e ao anterior executivo socialista da autarquia.

"A nova administração da Metro tem de assumir a triste herança que recebeu. Vai ter de indemnizar de imediato todos os cidadãos lesados e a câmara municipal, dos prejuízos agora causados, mas também de dois anos de vias municipais mascaradas com desvios de trânsito sem nexo", escreveu o autarca.

Luís Filipe Menezes quer que a administração da Metro do Porto e o Estado "assumam responsabilidades complementares" e sugeriu uma negociação com o consórcio construtor para a aceleração das obras.

"Ninguém suporta mais dois anos de martírio", acrescenta o recém-eleito autarca, que se candidatou pela coligação PSD/CDS-PP/IL e regressa assim, 12 anos depois, à Câmara de Gaia, que liderou de 1997 a 2013.

A agência Lusa contactou a Metro do Porto que não quis comentar.

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